Os cubanos se preparam para enfrentar uma nova onda de inflação após o governo divulgar um plano de austeridade, que impactará diversos aspectos da já fragilizada economia controlada pelo comunismo. As medidas incluem aumentos de preços, impostos e cortes em subsídios, visando conter um déficit orçamentário crescente. O primeiro-ministro Manuel Marrero afirma que essas medidas prepararão o terreno para o crescimento, mas economistas alertam que os aumentos de preços, como nos combustíveis e impostos, provavelmente resultarão em substanciais aumentos nos produtos e serviços ao consumidor.
Com os anúncios, cubanos em Havana já relatam elevações de preços e antecipam mais aumentos nas próximas semanas. O aumento no preço do gás em quase cinco vezes, previsto para 1º de fevereiro, é apenas um dos aspectos, com economistas sugerindo que os aumentos menos visíveis, como nos setores de combustíveis e transporte, bem como os impostos, terão impacto significativo no varejo.
A inflação, que atingiu 30% no ano passado, segundo o governo, deve aumentar com as novas medidas. Economistas enfatizam que, além do ajuste de preços, é crucial abrir a economia, dominada por empresas estatais, para o setor privado e investimentos, visando impulsionar a produção e a base tributária. Algumas vozes alertam que as medidas atuais representam uma “bomba inflacionária” e instam o governo a flexibilizar regulamentações sobre o setor privado e fechar empresas estatais falidas.