Os Estados Unidos estão planejando restabelecer a estação de armas nucleares no Reino Unido pela primeira vez em 15 anos, visando a crescente ameaça da Rússia, conforme revelam documentos do Pentágono divulgados pelo The Telegraph.
Os contratos de aquisição para uma nova instalação na RAF Lakenheath, em Suffolk, confirmam a intenção dos EUA de implantar ogivas nucleares na base aérea, com potência três vezes superior à bomba de Hiroshima.
A retirada de mísseis nucleares do Reino Unido em 2008, durante a diminuição percebida da ameaça da Guerra Fria de Moscou, agora é revertida em meio a avisos da OTAN sobre a necessidade de preparar os cidadãos para um possível conflito com a Rússia.
O retorno das armas americanas ao Reino Unido faz parte de um programa mais amplo da OTAN para modernizar instalações nucleares, em resposta às crescentes tensões com o Kremlin após a invasão da Ucrânia em 2022.
A Rússia alertou que essa movimentação seria vista como uma “escalada” e receberia “contramedidas compensatórias”. Além disso, os desafios oriundos do Irã e da Coreia do Norte aproximando-se de Moscou, elevam as preocupações no cenário internacional.
A construção do local pode enfrentar contestação legal da Campanha pelo Desarmamento Nuclear, alegando que o Ministério da Defesa não realizou as avaliações ambientais necessárias.
Essa ação também surge em meio a críticas sobre a conduta do Reino Unido, em relação ao aumento de despesas militares, enquanto o presidente Joe Biden busca fortalecer a presença militar dos EUA na Europa diante de um ambiente de segurança em mudança.