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domingo, 13 outubro, 2024
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Edmundo González continua a lutar pela Venezuela desde o exílio, afirma oposição

Por Marina B.

O candidato presidencial venezuelano Edmundo González continuará sendo uma “voz muito clara” em sua luta por mudanças na Venezuela, mesmo após ter fugido para buscar asilo na Espanha, afirmaram os membros exilados da oposição, Antonio Ledezma e Leopoldo Lopez, à Reuters nesta terça-feira.

Apesar de a eleição de 28 de julho ter sido vencida, segundo o atual presidente Nicolás Maduro, que contestou a vitória de González, o candidato ainda tem a possibilidade de retornar para assumir o cargo em 10 de janeiro, disseram Ledezma e Lopez.

Ledezma, ex-prefeito de Caracas e veterano líder da oposição venezuelana, afirmou que a saída de González do país pode, na verdade, fortalecer a causa. “Edmundo estará livre, não confinado entre quatro paredes como na Venezuela, e poderá liderar a luta pela liberdade da Venezuela a partir da diáspora”, declarou Ledezma à Reuters.

Na terça-feira, exilados venezuelanos se reuniram do lado de fora do parlamento espanhol, enquanto os legisladores debatavam uma moção simbólica do principal partido da oposição para reconhecer González como vencedor das eleições. A aprovação da moção é esperada para quarta-feira.

A oposição venezuelana afirma que a eleição de julho resultou em uma vitória esmagadora para González, de 75 anos, e divulgou resultados de votos online que indicam sua vitória. Maduro rejeita essas alegações, alegando que houve uma conspiração da direita para minar seu governo.

Ledezma disse que González, que não foi visto em público desde sua chegada à Espanha no domingo, está “seguro, livre e se estabilizando” após dias intensos. “O mais importante é que ele esteja vivo para poder chegar até 10 de janeiro e tomar posse”, acrescentou.

Leopoldo Lopez, que foi preso em 2014 por liderar protestos contra Maduro e libertado em 2017 antes de se mudar para a Espanha, pediu que os EUA e a União Europeia impusessem sanções pessoais e sobre o petróleo ao governo de Maduro. “Hoje, Maduro sobrevive graças às licenças que permitem que empresas americanas e europeias extraíam e vendam petróleo venezuelano a preço integral”, afirmou Lopez.

Centenas de pessoas, incluindo a filha de González, se reuniram do lado de fora do parlamento espanhol em Madrid, com bandeiras venezuelanas, entoando slogans como “Corajosa Venezuela” e “Edmundo, presidente”.

O governo espanhol ainda não reconheceu um vencedor nas eleições venezuelanas, mas pediu a publicação das contagens de votos, alinhando-se à posição da União Europeia. “Continuaremos trabalhando em soluções para melhorar a democracia na Venezuela e, claro, aprovaremos o asilo solicitado por Edmundo González e sua esposa”, declarou a porta-voz Pilar Alegria.

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