Autoridades chinesas pediram assistência aos colegas iranianos para conter os ataques a navios no Mar Vermelho pelos houthis, apoiados pelo Irã, alertando sobre possíveis danos nas relações comerciais sino-iranianas. Discussões sobre esses ataques e o comércio bilateral ocorreram em reuniões recentes em Pequim e Teerã, sem detalhes específicos divulgados pelas fontes iranianas. Embora a China seja o principal parceiro comercial do Irã, a relação é desigual, especialmente nas compras de petróleo iraniano, destacando a importância de moderar os houthis para evitar impactos nos negócios.
As autoridades chinesas expressaram preocupação com os ataques, enfatizando a decepção caso interesses chineses sejam prejudicados, mas sem ameaças diretas à relação comercial sino-iraniana. Washington instou a China a influenciar o Irã a conter os houthis, mas a China tem sido cautelosa em usar sua influência. Enquanto busca estabilidade no Mar Vermelho, a China enfrenta o desafio de equilibrar suas preocupações econômicas com outras considerações políticas e regionais.
O Irã, por sua vez, avalia suas decisões considerando alianças regionais e prioridades complexas. Embora dependente do investimento chinês, Teerã pondera sobre a necessidade de equilibrar suas alianças e prioridades regionais diante das pressões para conter os houthis. A complexa dinâmica geopolítica da região, incluindo o papel do Irã como líder do “Eixo de Resistência”, acrescenta uma camada adicional à sua tomada de decisões, enquanto Teerã busca evitar ser arrastado para uma guerra regional.