Hoje foi um dia repleto de acontecimentos no mercado financeiro, culminando em uma queda de 0,25% no Ibovespa, que fechou aos 127.689,97 pontos, refletindo a tendência de baixa nos Estados Unidos, onde os principais índices encerraram em terreno negativo. O dólar comercial também registrou alta de 0,22%, alcançando R$ 4,98, enquanto os Dis (juros futuros), acompanharam a trajetória ascendente.
Entre os indicadores divulgados, destaca-se o crescimento de 2,5% no varejo brasileiro em janeiro. Rafael Perez, economista da Suno Research, destacou que o mercado de trabalho aquecido, a continuidade dos cortes na taxa Selic e um cenário mais favorável para o consumo e crédito devem impulsionar o varejo este ano, especialmente os segmentos dependentes de financiamentos. Lucas Barbosa, economista da AZ Quest, enfatizou a força dos dados do IBGE, com todos os setores principais apresentando algum crescimento.
Entretanto, os pontos negativos vieram do exterior, com vendas no varejo dos EUA abaixo do esperado e o índice de preços ao produtor (PPI) superando as expectativas. Esses dados complicaram a previsão do início do ciclo de cortes de juros nos EUA antes de junho.
Carla Argenta, economista-chefe da CM Capital, destacou a dinâmica negativa do PPI, ressaltando a facilidade de repassar preços em uma economia aquecida. Isso se refletiu nos mercados, com altas nos Treasuries nos EUA e um movimento de realização que impactou o Ibovespa.
Vale, Petrobras e B3 apresentaram quedas, enquanto a Embraer teve um desempenho positivo, impulsionada por recomendações de analistas. No campo político, movimentos também ocorreram, com destaque para um Projeto de Lei que altera a lei das falências e uma contraproposta do Ministério da Fazenda para a desoneração dos municípios.
Essa sexta-feira (15) parece prometer mais estabilidade, pelo menos no que diz respeito aos indicadores, embora haja alguns dados marginais a serem divulgados, o que sugere que a atenção do mercado deve continuar aguçada.
