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segunda-feira, 30 setembro, 2024
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Goldman Sachs adverte investidores a fugir das estatais brasileiras

Por Alexandre G.

O banco norte-americano Goldman Sachs sugere aos investidores que vendam ações e títulos de estatais brasileiras e invistam em empresas do setor privado, prevendo que estas se beneficiarão do ciclo de redução das taxas de juros. Em sua análise, a instituição destaca que, embora as empresas estatais apresentem fundamentos sólidos, estão sendo negociadas a múltiplos historicamente elevados em comparação com suas contrapartes privadas.

Além disso, o Goldman Sachs adverte sobre possíveis intervenções governamentais que poderiam resultar em rebaixamentos nas notas de crédito dessas companhias, o que aumentaria o risco para os investidores.

Os estrategistas do banco, Jolene Zhong, Nathan Fabius e Caesar Maasry, afirmam que o Brasil está sendo negociado em linha com outros mercados emergentes, mas que as estatais brasileiras estão sendo avaliadas a múltiplos mais altos do que as empresas privadas. Eles destacam que recentes eventos, como a interferência política na política de dividendos da Petrobras, aumentaram o prêmio de risco associado às estatais.

Embora o prêmio de risco atualmente seja moderado em comparação com empresas de países emergentes, as estatais brasileiras continuam sendo negociadas em patamares elevados em relação às empresas privadas. O Goldman Sachs observa que o índice preço sobre valor patrimonial das estatais está próximo do máximo histórico.

O banco inclui em sua análise empresas como Petrobras, Banco do Brasil, Sabesp e Cemig. E projeta que, à medida que os cortes nas taxas de juros nos Estados Unidos e no Brasil prosseguem, as estatais podem ser superadas pelas empresas privadas em um ambiente de juros mais baixos.

Apesar do desempenho recente das estatais ter sido impulsionado pelo retorno sobre patrimônio (ROE) elevado em setores como commodities, o Goldman Sachs prevê que esse desempenho possa começar a moderar, especialmente em um ambiente de juros mais baixos e maior intervenção do governo.

Embora reconheça que a Petrobras está mais robusta hoje devido à redução da alavancagem e ao aumento da lucratividade e do fluxo de caixa livre, o banco ressalta que os planos de aumento de investimentos e possíveis mudanças na governança podem impactar negativamente seus níveis de endividamento no futuro.

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