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domingo, 5 maio, 2024
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Embrapa à deriva: A invasão sindical e o declínio da meritocracia

Por Marina B.

No centro das atenções encontra-se a Embrapa, a maior instituição de pesquisa do país, celebrando seus 51 anos esta semana. Com quase 2,5 mil doutores e pós-doutores, o critério para ocupar cargos de liderança mudou substancialmente. Agora, além da qualificação técnica, militância sindical, apadrinhamento político e afinidade com ideologias de esquerda tornaram-se critérios preponderantes.

Essa mudança tem raízes em um chamado do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que, em fevereiro de 2023, destacou a necessidade de remover membros do governo anterior que estavam “escondidos” na administração. Embora a substituição de líderes seja comum com a troca de governos, a gestão petista atual tem uma inclinação ideológica pronunciada, muitas vezes ignorando os procedimentos administrativos e os mandatos obtidos através de concursos internos.

Na comemoração do aniversário da Embrapa em Brasília, nesta quinta-feira (24), o presidente Lula será confrontado com evidências de um processo de aparelhamento em curso, com líderes sindicais assumindo o controle da instituição de pesquisa. Desde a declaração de Lula, cinco chefes regionais da Embrapa já foram substituídos antes do término de seus mandatos, levantando preocupações sobre a imparcialidade política na nomeação de líderes.

Pesquisadores e ex-chefes de unidades da Embrapa concordam que a instituição está passando por uma transformação preocupante. A meritocracia, que historicamente caracterizou a Embrapa, está sendo substituída pelo aparelhamento político, desencadeando um clima de medo entre os funcionários. A ideia de uma Embrapa técnica está sendo minada pela interferência política, deixando muitos desanimados com o futuro da instituição.

Embora a diretoria da Embrapa negue qualquer aparelhamento ou favorecimento, as preocupações persistem entre os pesquisadores e funcionários. A nomeação de líderes sindicais e políticos de esquerda para cargos de direção alimenta o debate sobre a politização da instituição e levanta questões sobre sua independência e integridade no futuro.

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