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Aluguéis residenciais sobem 16,16% em 2023, superando três vezes a inflação no Brasil

Por Alexandre G.

Os novos contratos de aluguel residencial apresentaram, em média, um aumento de 16,16% em 2023, conforme dados divulgados nesta terça-feira (16) pelo Índice FipeZAP. Esse crescimento ficou ligeiramente abaixo do registrado em 2022, quando o avanço foi de 16,55%, marcando o maior aumento em 11 anos.

O incremento anual foi mais de três vezes superior ao Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), a inflação oficial do país, que teve um aumento de 4,62% no mesmo período. Portanto, considerando a inflação, a alta real dos novos aluguéis foi de 11,54%.

Uma análise indica que os preços dos aluguéis dispararam devido a negociações mais “generosas” durante a pandemia de Covid-19. Além disso, fatores como a variação dos indexadores de aluguel e o retorno ao trabalho presencial contribuíram para esse aumento.

O Índice FipeZAP, que monitora o preço médio de locação de apartamentos prontos em 25 cidades brasileiras com base em anúncios online, revela que todos os municípios acompanhados registraram alta real em 2023. Entre as capitais, os maiores aumentos foram observados em Goiânia (37,28%), Florianópolis (27,68%), Fortaleza (21,95%) e Curitiba (20,70%), com Goiânia liderando o ranking geral.

O preço médio dos novos contratos de aluguéis para as 25 cidades é de R$ 42,53 por metro quadrado em dezembro. Isso implica que o aluguel médio de um apartamento de 50 metros quadrados custa R$ 2.126,50, quase R$ 300 a mais do que no ano anterior (R$ 1.832).

Barueri (SP) é a cidade mais cara, com um custo médio de R$ 59,06 por metro quadrado. São Paulo lidera entre as capitais, com R$ 51,62 por metro quadrado, seguida por Florianópolis (R$ 49,81/m²) e Recife (R$ 47,78/m²). Pelotas (RS) apresenta o metro quadrado mais econômico, custando R$ 17,59, em média.

A economista Larissa Gonçalves, do DataZAP, atribui o expressivo aumento dos aluguéis à retomada do mercado de trabalho pós-pandemia, melhorando a renda, e ao repasse da inflação acumulada entre 2020 e 2021. Ela sugere que o movimento de ajuste de preços iniciado em 2022 tende a diminuir em 2024.

Reportagens anteriores já haviam destacado que os preços dos aluguéis aumentaram, em parte, devido à recomposição de valores após negociações mais flexíveis durante o auge da Covid-19. Durante a pandemia, alguns proprietários mantiveram os valores dos contratos ou ajustaram com descontos. Outra explicação para o aumento dos aluguéis, segundo analistas, é a troca de índices de preços, com a substituição do IGP-M pelo IPCA como indexador em novos contratos.

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