Após a Remessa Conforme, 66% dos consumidores desistem do processo no meio do caminho. Essa taxa de desistência é atribuída à inclusão de impostos, revela um levantamento. Daqueles que desistem, 45% não realizam a compra em outra loja, seja internacional ou local.
Além disso, segundo uma pesquisa do Grupo Alibaba, 87% dos entrevistados consideram mais sensato reduzir as taxações dos produtos nacionais, em vez de aumentar os impostos sobre os importados. Mais de 60% dos consumidores, entendem que a importação possibilita o consumo, especialmente para quem tem menos renda.
Quanto às taxas cobradas em produtos importados, 75% do público manifestou-se contra o aumento de impostos para produtos acima de US$ 50.
Em um evento realizado no Rio de Janeiro nesta segunda-feira (5), o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, sem tocar no assunto sobre o aumento do imposto de importação para compras acima de US$ 50, afirmou que buscará “a melhor solução” para a taxação de compras de até US$ 50.
Ele foi questionado sobre a possibilidade de revisar a isenção do Imposto de Importação para compras de até US$ 50 em sites estrangeiros. Porém ao invés de responder sobre essa questão, Haddad resolveu
falar algo sem sentido. Ele associou a queda das compras, com contrabando de drogas. “As remessas caíram muito. A questão do contrabando, que envolvia até remessas de drogas, isso acabou”, declarou Haddad.
Provavelmente não quis explicar, que o governo não só pensa, como já está tributando as compras abaixo de US$ 50. Apesar de não ser permitido, a taxação está acontecendo. Ou seja, a promessa de que o consumidor ao aderir as lojas parceiras, comprando produtos abaixo de U$ 50, pagando o ICMS antecipado, iria receber a encomenda mais rápido, não procede. As compras abaixo de US$ 50 e até as com frete grátis, estão sendo retidas na Receita Federal por um longo período, taxadas em 60 % (imposto de importação), e quando o consumidor apresenta recurso (alegando se tratar de uma compra inferior a US$ 50), a Receita Federal demora para responder e não aceita o recurso. Todas as encomendas estão sendo taxadas.
Sao inúmeras as reclamações nas redes sociais, com prints dos DARFs emitidos pela Receita Federal, com a taxação de 60% em compras abaixo dos US$ 50.
Por fim, a Confederação Nacional da Indústria e a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo apresentaram uma ação no Supremo Tribunal Federal contra uma isenção, que não existe.