Rosamaria Montibeller, de 29 anos, expressou surpresa ao ser questionada sobre a iniciativa de Paris de realizar a primeira edição dos Jogos Olímpicos com paridade numérica de gênero, garantindo o mesmo número de atletas homens e mulheres. A jogadora de vôlei afirmou estar feliz com essa decisão, destacando a importância da equidade de oportunidades.
A próxima edição olímpica em Paris-2024 contará com 10.500 atletas, sendo 5.250 homens e 5.250 mulheres, conforme informado pela organização. Rosamaria considera esse passo como algo importante, ressaltando que a última edição em Tóquio, com 48% de mulheres, já foi a mais equilibrada nesse sentido.
A atleta, que atua como ponteira e oposta, revelou que, desde os nove anos, quando se apaixonou pelo voleibol, nunca foi treinada por uma mulher em sua carreira profissional. A seleção brasileira feminina de vôlei também nunca teve uma treinadora, com 20 anos sob o comando de José Roberto Guimarães. Mesmo tendo respeito pelo técnico, Rosamaria destaca a necessidade de mais mulheres ocuparem espaços de liderança, incluindo na seleção.
Rosa, como é conhecida, valoriza a oportunidade dada por Zé Roberto, mas destaca a importância de mais mulheres terem voz e ocuparem cargos de destaque. Ela expressa o desejo de ver uma mulher à frente da Seleção Brasileira e incentiva a representatividade feminina no esporte.
Além de sua carreira esportiva, Rosamaria é uma referência como modelo e influenciadora, com mais de 1,2 milhão de seguidores no Instagram. Ela compartilha momentos de sua vida como atleta, assim como outros interesses, como culinária e moda. A atleta não se incomoda com o rótulo de “musa do esporte”, mas destaca a importância de ser reconhecida primeiramente como atleta, não deixando que a sexualização na divulgação do esporte anule seu desempenho em quadra.
Após quatro anos na liga italiana de vôlei, onde se tornou a jogadora com mais seguidores, Rosamaria se transferiu para a liga japonesa, jogando pelo Denso Airybees. No Japão, ela busca desenvolver novas habilidades, especialmente na parte defensiva, enfrentando desafios diferentes em comparação com sua experiência na Itália. A adaptação à nova rotina e o apoio recebido na cidade de Nishi, com uma comunidade brasileira, têm contribuído para sua jornada no país asiático.