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quinta-feira, 19 setembro, 2024
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Rodrygo reflete sobre ausência no Bola de Ouro e seu papel na Seleção Brasileira

Por Marina B.

Titular absoluto e multicampeão pelo Real Madrid, Rodrygo é destaque em diversos rankings da seleção brasileira neste ciclo de Copa do Mundo. Com seis gols, é o artilheiro, lidera em número de convocações (oito) e minutos jogados (1399). Apesar desse desempenho, ficou fora da lista dos 30 indicados ao Prêmio Bola de Ouro 2023/2024.

Em entrevista exclusiva ao ge, Rodrygo expressou seu descontentamento com a ausência na lista de indicados:

– Fiquei chateado. Acho que pela temporada que fiz, merecia estar entre os 30. Fiz por merecer. Não é desmerecendo ninguém, todos lá fizeram um ótimo trabalho. Mas acho que eu merecia estar lá.

Rodrygo também comentou sobre a situação atual da Seleção Brasileira e a busca por um desempenho mais atraente, defendeu o trabalho de Dorival Júnior e falou sobre seu estilo polivalente, que, em sua visão, pode até atrapalhá-lo. Confira a seguir:

Sobre a situação da Seleção Brasileira:

A Seleção vinha de quatro jogos sem vitória nas Eliminatórias. Vocês acreditavam que o mais importante era quebrar esse jejum ou proporcionar um bom espetáculo?

– Sem dúvidas, havia um senso de urgência. Estávamos desesperados para vencer logo. Todo mundo estava focado em sair dessa situação e retomar as vitórias. Foi bom ver a concentração de todos. Talvez não fizemos o nosso melhor jogo, mas o mais importante era a vitória. Agora, vamos corrigir o que for necessário e seguir em frente com o mesmo foco.

Sobre a pressão por boas atuações:

Você tem quatro anos de Seleção e percebeu que a torcida exige não apenas resultados, mas também boas atuações. Acha que é possível reconquistar a confiança do público?

– O torcedor brasileiro está acostumado com as gerações passadas, que sempre ganhavam e encantavam. Estamos tentando reconquistar isso. É normal quererem vitórias por 5 a 0 e dominância total. Sabemos que isso vem com o tempo e com o trabalho contínuo. A vitória contra a Inglaterra trouxe esperança, mas o desempenho depois não foi tão bom. Um bom jogo pode mudar a percepção, mas estamos focados em vencer e seguir em frente.

Sobre a cobrança interna:

Há uma cobrança para que o desempenho seja melhor contra o Paraguai?

– Sim, com certeza. Todos sabemos que não fizemos o melhor jogo contra o Equador. A vitória foi crucial para a confiança. Agora, esperamos que, com a vitória, o próximo jogo contra o Paraguai seja mais leve e que as coisas fluam melhor.

Sobre seu papel na Seleção:

Você foi convocado primeiro por Tite e foi titular com todos os técnicos seguintes. Desde a ausência do Neymar, você tem usado a camisa 10 do Brasil. Como você se vê nesse momento da Seleção?

– Sei da minha importância e qualidade. Fico feliz com a confiança de todos os treinadores. É fruto do meu trabalho diário. Quero continuar marcando gols e sendo importante para a Seleção.

Sobre Dorival Júnior:

O que Dorival tem de diferente dos outros técnicos que você trabalhou na Seleção?

– Todos os treinadores eram bons e tinham qualidade. Dorival começou muito bem e suas primeiras conversas foram marcantes. Ele está gerindo bem o vestiário e é bom taticamente. Esperamos demonstrar isso com o tempo, apesar dos resultados ainda não serem os melhores.

Sobre a versatilidade e protagonismo:

Você é o jogador com mais gols, minutos e convocações neste ciclo, mas ainda não é visto como protagonista. Como encara isso?

– Não me importo com isso. Sei da minha importância e qualidade. Estamos focados em vencer e encantar a torcida. Protagonismo é algo que deixamos para o público e imprensa; nosso foco é vencer.

Sobre a versatilidade nas posições:

Você é conhecido pela sua versatilidade, mas isso pode prejudicar você ao não fixar uma posição. Como lida com isso?

– Às vezes, essa versatilidade pode atrapalhar um pouco. Pode haver confusão sobre a minha posição ideal. Mas, por outro lado, me sinto bem em qualquer posição. No Real Madrid, gosto de jogar pelos lados; na Seleção, prefiro atuar mais por dentro. A versatilidade me ajuda, mas também pode exigir sacrifícios.

Sobre a relação com Mbappé e a titularidade:

Como é a relação com Mbappé?

– A relação é ótima. Ele é uma pessoa muito boa e um grande jogador. Estamos nos conhecendo melhor e buscando entrosamento.

É mais difícil ser titular na Seleção ou no Real Madrid?

– A pressão é grande em ambos. Estou orgulhoso de fazer parte dessas equipes, mas é desafiador em qualquer uma das situações.

Sobre o estilo de jogo da Seleção:

Você acha que a Seleção vai ter que adotar um estilo mais agudo, com menos posse de bola?

– Acredito que podemos manter um jogo de posse de bola. Jogadores leves podem se movimentar bem e manter a posse. No Real Madrid, jogamos com força e também em transição rápida. Na Seleção, precisamos ter a bola, movimentar e usar o que temos de melhor.

Sobre a responsabilidade de Neymar:

Tentam aliviar a pressão sobre o Neymar para que ele retorne sem tanta responsabilidade?

– Todos sabem da importância do Neymar. Estamos focados em resgatar o bom futebol e fazer a torcida feliz. Vamos nos fortalecer como equipe e ganhar jogos enquanto ele se recupera.

Sobre o jovem Estêvão:

Como tem sido a relação com Estêvão e o que acha dele?

– Foi divertido ver o trote com Estêvão, ele ficou tímido, mas é um grande jogador. Está se destacando e eu estou aqui para ajudar no que for preciso.

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