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domingo, 13 outubro, 2024
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A trajetória de Vitor no Vasco: Conquistas, frustrações e a busca pela redenção

Por Marina B.

No dia 26 de agosto de 1998, ao soar do apito final em Guayaquil, o Vasco conquistou a Libertadores, um título que ainda é o mais significativo na história do clube. A vitória por 2 a 1 sobre o Barcelona marcou a terceira conquista da Copa Libertadores para um jogador daquele elenco.

Vitor, o único jogador brasileiro a ganhar a Libertadores por três clubes diferentes, já havia vencido a competição com São Paulo e Cruzeiro antes de se juntar ao Vasco há 26 anos. No entanto, três meses depois, o lateral-direito ficou marcado por um erro crucial na final do Mundial Interclubes. O drible de Raúl sobre ele resultou na virada do Real Madrid, aos 38 minutos do segundo tempo, garantindo o título aos espanhóis.

Nas últimas duas décadas e meia, o lance continuou a perturbar Vitor, que lamenta não ter podido proporcionar ao torcedor vascaíno o maior título que um clube pode alcançar, um feito que ele já havia conseguido em 1992 com o São Paulo ao vencer o Barcelona no Japão.

Recentemente, uma entrevista com Antônio Lopes, treinador do Vasco em 1998, trouxe uma nova perspectiva para Vitor. Lopes incluiu o lateral-direito em uma seleção com os melhores jogadores que treinou no clube, um gesto que Vitor compartilhou nas redes sociais e que lhe trouxe um sentimento de redenção.

Vitor, que vive em Mogi Guaçu, interior de São Paulo, recordou momentos chave de sua carreira durante uma entrevista de mais de duas horas. Além dos três títulos da Libertadores e do Mundial, Claudemir Vitor Marques também foi campeão brasileiro pelo São Paulo e bicampeão da Copa do Brasil pelo Corinthians e Cruzeiro.

Nascido em uma família humilde e trabalhando na roça para sustentar seu sonho de jogar futebol, Vitor passou pelas categorias de base do Guarani e da Ponte Preta antes de chegar ao São Paulo em 1988. Três anos depois, um segurança do clube revelou a Vitor que ele seria promovido ao time profissional, após um desempenho notável na Copa São Paulo.

A parceria com Cafu no início dos anos 90 foi crucial para a carreira de Vitor. Telê Santana, treinador do São Paulo, deslocou Cafu para a meia direita para dar espaço ao jovem lateral, que se destacava pela sua determinação e habilidade.

Após a conquista da Libertadores com o Vasco, Vitor enfrentou uma frustração significativa na final do Mundial. Ele havia sofrido uma lesão no joelho antes da competição e, apesar de não estar totalmente recuperado, foi convocado para o torneio. O erro que resultou no gol de Raúl ainda pesa sobre ele, que acredita que não deveria ter jogado aquela partida.

Quatro dias após a final do Mundial, Vitor participou da Copa Interamericana, onde o Vasco perdeu para o D.C. United. Apesar dos desafios, ele guarda boas lembranças do convívio com Antônio Lopes e Eurico Miranda.

Durante sua passagem pelo Corinthians em 1995, Vitor viveu um momento de terror quando uma queda de arquibancada no Estádio Joaquim de Moraes Filho causou um grande susto, mas ninguém se feriu gravemente.

Antes do Mundial de 98, Vitor teve uma breve passagem pelo Real Madrid, onde foi vítima de um golpe que lhe custou US$ 50 mil.

Após sua última temporada de glórias no Vasco, Vitor ainda teve uma passagem pelo Botafogo, mas lesões dificultaram sua carreira. Aposentado desde 2007, quando jogou pela Segunda Divisão paulista pelo Inter de Limeira, Vitor hoje coordena um projeto social de futebol para crianças e gerencia uma empresa de eventos com times de masters em várias cidades do país.

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