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terça-feira, 5 novembro, 2024
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Reprovação ao Governo Lula aumenta

Por Alexandre Gomes

A desaprovação ao governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) voltou a avançar e agora empata com a aprovação, conforme revela a pesquisa PoderData. Realizada entre os dias 12 e 14 de outubro de 2024, a pesquisa mostra que 46% dos eleitores dizem desaprovar a gestão petista, um aumento de 3 pontos percentuais desde o final de julho. Essa oscilação se torna ainda mais preocupante ao se considerar que, no início do mandato, Lula contava com uma vantagem de 13 pontos percentuais em aprovação sobre desaprovação.

Os números indicam um descontentamento crescente em relação à administração, refletindo um cenário político complexo e um descompasso nas expectativas da população. A pesquisa, que ouviu 2.500 pessoas em 181 municípios, aponta que o governo Lula é melhor avaliado por jovens de 16 a 24 anos (60%) e por idosos acima de 60 anos (55%). No entanto, a desaprovação é mais acentuada entre aqueles com ensino superior (54%) e que recebem mais de cinco salários mínimos (53%).

A região Nordeste permanece como a única onde mais de 50% da população ainda aprova a gestão de Lula, enquanto em outras regiões, como o Sudeste, a aprovação (46%) quase se iguala à desaprovação (44%). Os dados também revelam uma divisão significativa entre católicos e evangélicos: 55% dos católicos aprovam o governo, em contraste com 60% dos evangélicos que desaprovam.

Os números demonstram a ineficácia do esforço de marketing de Lula em relação às eleições municipais. Apesar de algumas atividades de engajamento, como carreatas e eventos, a pesquisa indica que a desaprovação ao governo avançou e as avaliações pessoais de Lula se mantêm estagnadas, refletindo uma tendência negativa. A taxa de pessoas que consideram seu trabalho “ótimo/bom” caiu de 31% para 30%, enquanto 31% ainda o avaliam como “ruim/péssimo”.

O que esses dados evidenciam é a dificuldade de Lula em expandir sua base de apoio desde a eleição em 2022, quando obteve 50,90% dos votos no segundo turno contra Jair Bolsonaro. Com o descontentamento da população crescendo e a desaprovação empatando com a aprovação, o governo petista enfrenta um cenário desafiador e uma pressão crescente para atender às demandas dos eleitores.

Esses números não apenas refletem um desgaste da imagem do presidente, mas também revelam uma desconexão entre as promessas de campanha e a realidade enfrentada pelos brasileiros. O momento exige uma reflexão profunda sobre os caminhos a serem trilhados pelo governo Lula para reconquistar a confiança do eleitorado e fortalecer sua administração em um período tão polarizado e crítico para a política nacional.

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