Está agendado para às 16h desta segunda-feira (9) o ato protocolar do pedido de impeachment do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, na Presidência do Senado. Parlamentares que serão recebidos pelo presidente do Congresso Nacional, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), prometem apresentar o pedido mais robusto de impeachment contra um membro do Supremo na história do Brasil.
O senador e candidato a prefeito de Fortaleza, Eduardo Girão (Novo-CE), destacou que o impeachment de Moraes conta com mais de 150 assinaturas e com o apoio significativo da população, “manifestado firmemente nas ruas do Brasil” durante os atos contra o ministro no dia 7 de setembro.
Além de Girão, os deputados federais Coronel Meira (PL-PE), Gustavo Gayer (PL-GO) e Bia Kicis (PL-DF) são os principais líderes dessa iniciativa. Juntos, eles reúnem o apoio de cerca de 150 congressistas, que acusam Moraes de abuso de poder e violação dos direitos constitucionais.
O argumento central do grupo é que as decisões de Moraes ameaçam a Constituição Federal e interferem indevidamente nos outros Poderes.
“Estamos indo a Brasília em busca de dias melhores para nossa liberdade, que já está enfraquecida pela inversão de valores e falta de independência entre os Poderes. Temos o dever moral de defender a verdadeira democracia em nosso país. Desde 2019, temos pressionado o Senado, que completou 200 anos em 2024, a exercer suas prerrogativas e conter os sucessivos abusos da Corte Suprema”, afirmou o senador cearense.
Em uma publicação nas redes sociais, Girão agradeceu o apoio de 1,4 milhão de brasileiros que assinaram o abaixo-assinado pelo impeachment de Alexandre de Moraes. Ele também mencionou que estarão presentes ao ato o senador Rogério Marinho (PL-RN), ex-ministro do governo Jair Bolsonaro, e o desembargador aposentado Sebastião Coelho, que está enfrentando um processo disciplinar no Conselho Nacional de Justiça (CNJ) por ter deixado a magistratura em 2022 e acusado Moraes de “declaração de guerra ao país”. Coelho também participou de uma manifestação diante do Quartel General do Exército em Brasília, defendendo a prisão de Moraes pelas Forças Armadas.