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segunda-feira, 25 novembro, 2024
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Governo Lula considera leilão de arroz para conter alta de preços

Por Marina B.

O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva está considerando realizar um leilão para a importação de arroz, visando aumentar a oferta e conter a alta dos preços, especialmente nos Estados do Norte e do Nordeste do Brasil.

Segundo o ministro do Desenvolvimento Agrário, Paulo Teixeira, em entrevista ao jornal O Globo publicada nesta quarta-feira, 10, “Os produtores garantiram preços baixos, mas estamos com uma pesquisa em todas as capitais, que indicam preços altos. Essa realidade está se estendendo muito. O governo não retirou de seu radar a decisão de fazer o leilão.”

Essa afirmação contradiz declarações anteriores do ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, que havia sugerido não ser necessária a realização de um novo leilão.

Para justificar a possível necessidade do leilão, o ministro mencionou uma pesquisa do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea-Esalq) da Universidade de São Paulo, que aponta que os preços do arroz começaram a subir antes das inundações no Rio Grande do Sul ocorridas em abril e maio.

De acordo com o levantamento, entre 13 de março e 9 de abril, o preço da saca de 50 kg passou de R$ 99,54 para R$ 100,65.

Quando a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) anunciou um leilão para a compra de arroz importado, o preço caiu de R$ 118,35 para R$ 112,34, mas agora está acima de R$ 114, segundo o governo.

“Nosso sentimento é que não houve recuo de preços, embora os produtores tenham afirmado que não sofreram perdas com as enchentes”, disse Teixeira ao Globo.

O governo Lula havia cancelado um leilão de arroz anteriormente devido a suspeitas de irregularidades, incluindo favorecimento e participação de empresas sem experiência e capital social adequado. O secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, Neri Geller, foi demitido por essas suspeitas.

Agora, sem desistir da ideia, o ministro Paulo Teixeira afirmou que, se o governo decidir realizar um novo leilão, o edital será ajustado para evitar a participação de empresas sem experiência. “Não poderá entrar nenhum aventureiro”, ressaltou Teixeira.

Desde o início do terceiro mandato do presidente Lula, o governo retomou a política de estoques reguladores, que havia sido abolida durante a gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro. Até o momento, os armazéns da Conab contêm apenas milho, sendo o arroz o segundo item a ser estocado. Essa medida permite ao governo ajustar a oferta e os preços conforme necessário.

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