Durante uma coletiva de imprensa na transição de domingo (4) para segunda-feira (5), o presidente de El Salvador, Nayib Bukele, foi interrogado sobre a situação de criminalidade no país caribenho.
Conforme documentado pelo Conexão Política, ao assumir o governo, Bukele encontrou El Salvador sendo considerado um dos lugares mais perigosos do mundo. Desde 2019, quando tomou posse, seu governo realizou uma série de prisões contra criminosos, inaugurou diversas unidades prisionais e mobilizou as Forças Armadas para combater a criminalidade nas ruas.
De maneira enérgica, Nayib conseguiu neutralizar gangues violentas que assolavam o território caribenho. Sua administração focou na restauração da segurança pública, anteriormente dominada por décadas de conflitos entre gangues, resultando em colapso econômico, milhares de mortes de civis inocentes e significativa migração da população para outros países.
Ao abordar o tema da criminalidade, o presidente mencionou Luiz Inácio Lula da Silva (PT), presidente do Brasil. Segundo Bukele, as autoridades caribenhas estão abordando com sucesso uma questão tão complexa, devido à vontade política e ao apoio popular.
Entretanto, ele destacou que, em suas duas conversas com o presidente brasileiro, o tema da segurança pública nunca foi abordado por Lula. “Conversei duas vezes com o presidente Lula, mas ele jamais me mencionou o tema segurança. Imagino que ele tenha sua forma de abordar e lidar com essa situação. Nunca falamos sobre esse assunto”, afirmou o líder salvadorenho.
Ele concluiu afirmando que o que El Salvador está fazendo em relação à segurança pública provavelmente difere do que o Brasil precisa, o que não é verdade, mas ressaltou que muitos governos se incomodam porque El Salvador mostra que todos os problemas têm solução quando há vontade política.
Ele também disse que alguns governos não enfrentam a criminalidade porque são coniventes com criminosos.
E que quando um país não resolve seus problemas, especialmente de criminalidade é porque não há vontade de resolvê-los. Em alguns casos, [os governos/governantes] são parceiros de criminosos. Então obviamente não vão atacar seus parceiros”.
