O perito Mário Gazziro, designado pela revista Fórum para examinar o vídeo envolvendo o padre Júlio Lancellotti, alterou sua posição e agora reconhece a autenticidade das cenas, descartando assim a conclusão anterior que levantava suspeitas de deepfake na gravação.
Na versão atualizada do relatório, Gazziro propõe a teoria de que criminosos teriam contratado um sósia do padre, reproduzido um estúdio idêntico à sua residência e gravado as cenas. Ele justificou que os responsáveis minimizaram a exposição do impostor no vídeo para evitar aspectos que pudessem denunciar facilmente a fraude.
O perito da Fórum sugere que o vídeo foi inicialmente divulgado em fóruns obscuros da internet e, posteriormente, vendido para políticos adversários do padre.
Na versão anterior do caso envolvendo Júlio Lancellotti, Gazziro, em seu primeiro laudo, identificou manipulações no vídeo que mostrava o padre se envolvendo em atividades inapropriadas com um menor de idade. Embora agora ele afirme que as cenas são genuínas, argumenta que o arquivo analisado anteriormente era diferente, explicando a mudança de posição.
O vídeo examinado no primeiro laudo é o mesmo que circulou na internet em 2020, e naquela época, o perito Onias Tavares de Aguiar já havia atestado a veracidade do conteúdo. O relatório de Aguiar foi utilizado pelo então deputado estadual Arthur do Val, que apresentou uma denúncia ao Ministério Público. A revista Oeste questionou o órgão sobre o motivo do arquivamento do caso, mas não recebeu resposta.
