Uma empresa construtora brasileira, prestes a iniciar uma nova obra em São Luís, Maranhão, contratou uma equipe de arqueólogos para realizar um estudo de impacto no terreno.
O que se iniciou como um procedimento padrão antes de uma grande construção acabou revelando uma surpresa histórica extraordinária.
Os arqueólogos depararam-se com descobertas que superaram todas as expectativas, lançando uma nova perspectiva sobre a história do Brasil.
Contrariando o esperado, as escavações revelaram 43 esqueletos humanos e mais de 100 mil artefatos, indicando uma presença humana no local pelo menos 1.400 anos antes do que se acreditava.
O sítio arqueológico no Maranhão pode redefinir a história do Brasil.
A magnitude da descoberta foi impressionante, enfatizando a importância do sítio arqueológico. Iniciada em 2019, a pesquisa revelou quatro períodos distintos de ocupação no local.
A camada superior pertence ao povo Tupinambá, que já habitava a região na fundação de São Luís, em 1612. Logo abaixo, uma camada de sambaqui, caracterizada por formações de conchas e outros sedimentos litorâneos.
Surpreendentemente, a cerca de dois metros abaixo da superfície, uma camada revelou cerâmica rudimentar datada de oito a nove mil anos atrás.
Essa descoberta reescreve a narrativa da ocupação humana na região, antecipando significativamente os registros históricos conhecidos até agora.
Após quatro anos de escavações, a equipe interdisciplinar, composta por arqueólogos, químicos, historiadores e um cineasta documentarista, continua suas investigações.
O sítio arqueológico já está registrado e protegido pela Lei 3.924/61, com o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) exigindo garantias financeiras para pesquisa e conservação dos artefatos.
Essa revelação não apenas representa um marco na compreensão do Brasil pré-histórico, mas também inaugura um novo capítulo na pesquisa arqueológica nacional.
A Universidade Federal do Maranhão (UFMA) foi designada para a guarda institucional, e um novo laboratório está em construção para lidar com o extenso volume de descobertas.
O arqueólogo líder, Welington Lage, destaca que, apesar de quatro anos de escavação, mal arranharam a superfície, prometendo mais revelações sobre o passado do país.