Depois de vários dias de manifestações, os agricultores franceses decidiram encerrar os bloqueios em resposta a uma série de medidas anunciadas pelo governo Macron e pela Comissão Europeia. As propostas incluem uma injeção de aproximadamente € 400 milhões no setor e a suspensão do plano Ecophyto, que visava a redução do uso de agrotóxicos nas plantações.
Essa decisão gerou indignação entre as organizações ambientais e o partido Europa Ecologia, classificando o anúncio como “inaceitável”. A líder do partido “Os Verdes”, Marine Tondelier, expressou preocupação com a falta de proteção ao meio ambiente e à saúde, afirmando que os agricultores não se beneficiarão com tal decisão.
O primeiro-ministro francês, Gabriel Attal, anunciou a suspensão do plano Ecophyto até a implementação de um novo indicador para medir o uso de moléculas pelos agricultores, contestando o indicador atual. As declarações dos ecologistas foram rebatidas pela porta-voz do governo, Prisca Thevenot, que considerou os planos para reduzir os pesticidas “ineficazes” ao longo de 15 anos.
A deputada Sandrine Rousseau, dos “Os Verdes”, criticou a resposta do governo, afirmando que apoiar os agricultores não deveria comprometer a saúde pública. A Comissão Europeia prometeu medidas para defender os interesses dos agricultores na UE, enquanto o presidente francês, Emmanuel Macron, pediu uma “força europeia de controle sanitário e agrícola”.
Apesar da diminuição dos bloqueios, alguns protestos isolados continuam, destacando a complexidade da situação e a frustração entre os agricultores em relação às políticas governamentais.
