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domingo, 29 setembro, 2024
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Agricultura europeia: Agricultores espanhóis em protesto contra regulamentações da UE

Por Marina B.

Nesta terça-feira, associações de agricultores espanhóis anunciaram planos de realizar manifestações nas ruas em fevereiro, protestando contra as restritivas regulamentações europeias e a falta de apoio do governo, em meio à crescente agitação que se espalha pela Europa.

Na França, os protestos se intensificaram esta semana, com agricultores utilizando tratores para bloquear importantes autoestradas de acesso a Paris, destacando queixas que incluem importações baratas e regulamentações ambientais excessivas da União Europeia.

Na Bélgica, os agricultores planejam bloquear as estradas de acesso ao porto de contentores de Zeebrugge a partir de terça-feira. Nas últimas semanas, agricultores de toda a Europa, incluindo Alemanha, Polônia e Romênia, também realizaram manifestações.

“As mobilizações ocorrerão o mais rápido possível”, afirmou Pedro Barato, presidente da Asaja, uma associação espanhola representando cerca de 200 mil agricultores e criadores de gado, em entrevista à rádio. “As ações não serão muito diferentes do que está acontecendo em outros países da UE.”

Os protestos estão agendados para as próximas semanas, conforme declararam as organizações em comunicado conjunto. Os membros da Asaja, estão marcados para se reunirem em 1º de fevereiro para os preparativos.

A seca no sul da Espanha afetou os agricultores, com a produção de diversas culturas, como arroz e azeitonas, diminuindo nos últimos dois anos.

Os principais grupos de agricultores na Espanha – Asaja, COAG e UPA – compartilham as mesmas queixas de seus pares em outros países europeus, alegando que as regulamentações ambientais impostas por Bruxelas, estão prejudicando a rentabilidade das culturas e aumentando os preços dos alimentos.

Os agricultores espanhóis também enfrentam dificuldades para competir com produtos importados de fora da UE a preços mais baixos.

À medida que os protestos na França se intensificaram, cerca de 20 mil caminhões espanhóis que cruzam a fronteira diariamente têm enfrentado dificuldades para transportar frutas, legumes e outros produtos. A associação espanhola de transportes, Fenadismer, estima que os bloqueios causem perdas diárias de 10 milhões de euros (10,84 milhões de dólares) para as empresas espanholas.

Entre outras demandas, as organizações espanholas pretendem solicitar a Bruxelas a suspensão das negociações com o bloco comercial do Mercosul, bem como dos acordos comerciais com o Chile, Quênia, México, Índia e Austrália.

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