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sábado, 21 dezembro, 2024
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Genoíno vs. Empresários: Tensão crescente com sugestão de boicote a Israel

Por Alexandre G.

Empresários envolvidos no comércio entre Brasil e Israel, manifestaram indignação diante da sugestão de boicote a empresas judaicas e relacionadas ao Estado de Israel feita pelo ex-deputado José Genoíno. A Confederação Nacional das Câmaras de Comércio Brasil-Israel (CNBI) emitiu uma nota de repúdio, rotulando as declarações de Genoíno como reminiscências de práticas nazistas.

Genoíno fez referência ao boicote em resposta ao apoio do Brasil à acusação da África do Sul no Tribunal Penal Internacional contra Israel, acusando-o de genocídio, crime que historicamente vitimizou a comunidade judaica em outro contexto histórico. A CNBI, representando o meio empresarial, argumentou que tal atitude, além de não contribuir para a causa palestina, demonstra desapreço pela vida humana e desconsidera os esforços de Israel para minimizar baixas civis, apontando críticas ao Hamas.

Considerando as sólidas relações comerciais entre Brasil e Israel, a CNBI destacou os possíveis prejuízos decorrentes de um boicote, afetando setores como saúde, agricultura e tecnologia, resultando em perda para ambas as economias. A nota enfatizou a importância do diálogo colaborativo, repudiando o discurso de ódio, e incentivou a sociedade a valorizar o respeito e a cooperação para promover o bem-estar comum e o desenvolvimento sustentável.

A sugestão de Genoíno surgiu em meio ao controverso apoio do Brasil à África do Sul no Tribunal Penal Internacional de Haia, acusando Israel de genocídio, uma acusação que foi refutada pelos empresários. O ataque mencionado na nota ocorreu em 07 de outubro de 2023, impactando as relações entre Brasil e Israel.

O contínuo conflito Israel-Palestina, com a Faixa de Gaza sob o governo do Hamas, permanece como um ponto sensível na geopolítica mundial. A CNBI ressaltou que as relações comerciais entre Brasil e Israel cresceram significativamente nos últimos dez anos, beneficiando setores cruciais como saúde, agricultura e segurança. A confederação reiterou seu compromisso em favorecer o comércio e a inovação entre os dois países, oferecendo apoio a empresários brasileiros, independentemente de etnia ou religião. A nota conclamou a um ambiente de negócios colaborativo e respeitável, enfatizando a importância do respeito às diferenças e do livre comércio como fundamentos de uma sociedade progressista e integrada. Este caso ilustra como discursos políticos podem ter impactos diretos nas relações internacionais e no desenvolvimento econômico.

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