Nesta quarta-feira (24), a Organização das Nações Unidas (ONU) informou que tanques israelenses atacaram um amplo complexo da ONU em Gaza, destinado a abrigar palestinos deslocados, resultando em “vítimas em massa”. No entanto, Israel negou responsabilidade por suas forças e sugeriu que o ataque de bombardeio poderia ter sido lançado pelo Hamas.
O ataque, segundo a ONU, atingiu um centro de treinamento profissional em Khan Younis, a principal cidade do sul de Gaza, onde cerca de 30 mil pessoas deslocadas estavam abrigadas. Este evento levou a uma rara condenação direta por parte dos Estados Unidos.
James McGoldrick, coordenador humanitário da ONU para o Território Palestino, relatou que ocorreram “vítimas em massa”, edifícios estavam em chamas, e há relatos de mortes, com muitas pessoas tentando fugir da área.
Israel inicialmente descreveu a área como uma base de combatentes do Hamas, admitindo que os combates ocorriam perto de um grande número de civis. Posteriormente, os militares israelenses, após críticas dos EUA, afirmaram que uma análise de seus sistemas operacionais descartou a possibilidade de terem atingido o centro da ONU, sugerindo que o ataque poderia ter sido resultado do fogo do Hamas.
As forças israelenses intensificaram sua ofensiva terrestre em Khan Younis, onde centenas de milhares de pessoas buscaram refúgio, isolando e cercando a região. Moradores relatam que os avisos para evacuação só foram emitidos após o início da operação, dificultando a fuga.
Autoridades de saúde palestinas afirmam que, durante o conflito, pelo menos 25.700 pessoas foram mortas em Gaza, incluindo 210 nas últimas 24 horas. A guerra foi desencadeada após o ataque do Hamas a cidades israelenses em 7 de outubro.
Em Rafah, ao sul de Khan Younis, um ataque aéreo atingiu uma mesquita, resultando em escombros e corpos espalhados. Os moradores enfrentam desafios para sobreviver, enquanto o bloqueio militar israelense dificulta o acesso às necessidades básicas.