O Banco Popular da China anunciou um corte significativo nas reservas bancárias nesta quarta-feira, injetando cerca de 140 bilhões de dólares no sistema bancário e enviando um forte sinal de apoio à economia e aos mercados em declínio. O corte de 50 pontos base (bps) na quantidade de dinheiro que os bancos devem manter como reservas, o maior em dois anos, busca estimular a economia em meio a desafios como a crise imobiliária, riscos de dívida dos governos locais e enfraquecimento da demanda global.
A medida levou a uma recuperação nos índices de ações de referência e no yuan, indicando um compromisso contínuo com uma postura monetária frouxa ao longo do ano. O governador do Banco Popular da China, Pan Gongsheng, anunciou que o banco também divulgará políticas para melhorar os empréstimos imobiliários comerciais, buscando fortalecer setores cruciais da economia. Apesar do otimismo nos mercados, analistas apontam para a necessidade de mais estímulos e enfatizam a importância do aumento do consumo para aliviar as pressões deflacionárias.
O mercado de ações de Hong Kong e da China registrou ganhos, mas analistas permanecem cautelosos, aguardando um conjunto completo de apoios políticos. O crescimento econômico em 2023 atingiu 5,2%, cumprindo a meta oficial, mas a recuperação continua instável, com expectativas de uma desaceleração para 4,6% este ano.