A Grécia avança com polêmico projeto de conceder “status de casamento” a casais do mesmo sexo, incluindo o direito à adoção. Embora as parcerias entre pessoas do mesmo sexo tenham sido legalizadas em 2015, uma nova legislação proposta pelo primeiro-ministro Kyriakos Mitsotakis busca equiparar o “casamento” e expandir os direitos parentais. A Igreja Ortodoxa Grega se opõe fortemente à redefinição legal do casamento. Uma pesquisa oficial recente revelou que a maioria dos gregos é contra o casamento entre pessoas do mesmo sexo, e uma parcela ainda maior se opõe à extensão dos direitos parentais a casais gays ou lésbicos.
Os evangélicos na Grécia, representados pela Aliança Evangélica Grega, também estão contra os planos do governo. Fotis Romeos, presidente da Aliança Evangélica, considera a proposta uma “destruição da singularidade e da definição-chave do casamento”. Ele destaca a percepção de influência da União Europeia, argumentando que os países ocidentais pressionam a Grécia para adotar uma visão que entra em conflito com seus valores éticos. Além da Igreja Ortodoxa, católicos romanos e outros cristãos evangélicos compartilham a visão de que o melhor para as crianças é ter um pai e uma mãe. Eles enfatizam a crença de que a Bíblia define o casamento como uma relação exclusiva entre um homem e uma mulher, defendendo que os filhos precisam de ambos os pais para um ambiente familiar equilibrado. A Aliança Evangélica Grega propõe a criação de novos títulos para novas formas de relacionamento, sem alterar o conceito tradicional de casamento que, segundo eles, sustenta a sociedade humana desde o início da criação.