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quarta-feira, 2 outubro, 2024
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Alice Weidel da AfD sacode a política alemã: ‘Chegou a hora do Dexit’ – Mais um país quer deixar a União Europeia

Por Alexandre G.

O líder da Alternativa para a Alemanha (AFD), partido de extrema-direita, afirmou que a Grã-Bretanha estava totalmente certa em deixar a União Europeia, e sugeriu que a Alemanha deveria realizar seu próprio referendo de saída, chamado de “Dexit”. Alice Weidel, líder da AFD, que lidera as pesquisas, expressou a intenção de promover um referendo sobre a permanência na UE caso seu partido assumisse o poder.

Weidel destacou que a votação seria uma resposta à falta de reformas para conter o suposto excesso de poder da “não eleita” Comissão Europeia. Caso as reformas não fossem viáveis e a soberania dos Estados-membros da UE não pudesse ser reconstruída, ela argumentou que o povo deveria ter a oportunidade de decidir, em linha com a decisão do Reino Unido.

Embora Weidel reconheça que vencer tal referendo seria desafiador, devido à forte preferência (90%) pela continuidade na UE entre os alemães, ela destacou a importância de permitir que a população tome uma decisão soberana. A AFD lidera as pesquisas em todos os cinco estados da Alemanha Oriental antes das eleições regionais em setembro. No entanto, o sucesso atual do partido não garante sua participação em um futuro governo, pois partidos do establishment descartaram acordos de coalizão devido a um “cordão sanitário” imposto pelos outros partidos.

Weidel admitiu que a AFD provavelmente não tomará o poder em Berlim antes de 2029, mas previu que, no futuro, a CDU (União Democrata Cristã), poderia quebrar o “firewall” das forças do establishment e se aliar à AFD para formar uma maioria de direita.

Além disso, Weidel delineou algumas propostas de políticas caso a AFD assumisse o poder, incluindo reformas na legislação fiscal, redução do tamanho do Estado e reversão da mudança da Alemanha para energias renováveis. No entanto, a AFD é classificada como extremista de direita em alguns estados e enfrenta controvérsias, incluindo a participação de políticos em reuniões secretas de grupos de extrema direita.

Weidel negou acusações de extremismo, defendendo a aplicação das leis do país. Além disso, a AFD é conhecida por ser pró-Rússia e criticada por sua postura supostamente branda em relação a Vladimir Putin. Weidel expressou a opinião de que os refugiados ucranianos na Alemanha, não deveriam receber benefícios e que, após o fim da guerra, deveriam retornar para ajudar na reconstrução de seu país. A AFD foi fundada em 2013 por economistas conservadores descontentes com os resgates durante a crise da zona do euro.

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