A falta de clareza na agenda do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em Minas Gerais, juntamente com a dificuldade de acesso aos ministros do “núcleo duro” do governo federal, tem causado incômodo entre prefeitos e apoiadores de longa data do partido. Há um sentimento de que o governo “Lula 3” está se distanciando de aliados cruciais para a eleição do petista.
Um exemplo citado para ilustrar essa mudança de postura é o caso de Contagem, a maior cidade administrada pelo PT no Brasil, na região metropolitana de Belo Horizonte. A prefeita Marília Campos, embora seja presença constante nas agendas do presidente em Brasília, enfrenta dificuldades para acessar diretamente Lula e seus ministros.
Apesar de ocupar um lugar de destaque nas solenidades do Palácio do Planalto, a prefeita de Contagem, segundo fontes próximas, não se sente devidamente contemplada. As críticas se estendem à dificuldade de acesso a Lula e aos ministros de Estado. Ela tem sido recebida por secretários executivos em Brasília, mas não pelos titulares dos ministérios.
Essa falta de previsão na agenda presidencial para visitas a Minas Gerais, tem irritado caciques do PT e auxiliares no Palácio do Planalto. Apelos para priorizar o segundo maior colégio eleitoral do país têm sido ignorados, levando a insatisfação de correligionários e governistas.
A ausência de Lula no Estado desde que assumiu o terceiro mandato tem gerado preocupações sobre o pleito de 2024, quando serão eleitos novos prefeitos e vereadores. A estratégia do governo federal em deixar Minas Gerais fora das prioridades de viagem de Lula é questionada, indicando uma distância maior de aliados, prefeitos e atores políticos importantes. A expectativa de quando o presidente visitará o Estado permanece sem resposta, aumentando a apreensão entre os apoiadores do partido.