Não foram apenas o Pantanal e o Cerrado que registraram números expressivos e históricos de queimadas no primeiro semestre de 2024; a Amazônia, o maior bioma brasileiro, também atingiu um patamar elevado. É o que apontam os dados do Programa Queimadas, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).
De acordo com o Inpe, a Amazônia teve 13.489 focos de incêndio entre janeiro e junho deste ano. Esse número é 61,7% maior que o registrado no ano passado, quando o bioma teve 8.344 focos, sendo o pior em 20 anos. A quantidade atual é a terceira maior da série histórica, iniciada pelo instituto em 1998. Apenas 2003, com 17.143 pontos de incêndio, e 2004, com 17.340, tiveram números maiores.
Nos outros quatro anos desde 1998 em que foram registrados mais de 10 mil focos de incêndio na Amazônia no primeiro semestre, três foram sob governos do PT: 2005, com 11.652 focos; 2007, com 10.565; e 2016, com 11.873 pontos.
Pantanal com Recorde e Cerrado com Resultado Histórico
Considerando toda a série do Inpe, o ano de 2024 teve um recorde histórico no número de focos de incêndio detectados no Pantanal, com 3.538 pontos de queimadas registrados entre 1° de janeiro e 30 de junho. Comparado ao ano passado, quando foram registrados 167 focos, o número subiu 2.018%.
No Cerrado, entre 1° de janeiro e 8 de julho, foram registrados 14.583 focos de incêndio, o maior número entre todos os biomas brasileiros durante esse período. Esse resultado é o pior desde 2010, quando foram detectados 15.118 focos.