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terça-feira, 22 outubro, 2024
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Viktor Orbán, líder polêmico, pode assumir o controle da UE? A inquietação cresce em Bruxelas

Por Alexandre G.

A possível ascensão de Viktor Orbán à presidência interina do Conselho Europeu, gera apreensão nos corredores de Bruxelas

A decisão surpreendente de Charles Michel de antecipar sua saída para concorrer às eleições europeias levanta a possibilidade de Viktor Orbán, líder da Hungria, assumir temporariamente a presidência do Conselho Europeu, a menos que os líderes da UE encontrem rapidamente um sucessor para o atual presidente.

Michel, ex-primeiro-ministro belga e atual presidente do Conselho Europeu desde 2019, anunciou no sábado sua candidatura pelo Movimento Reformista (MR), partido liberal belga, nas eleições europeias de 6 a 9 de junho. Caso eleito, Michel deixaria o cargo oficialmente em novembro, antes do término de seu mandato.

Com menos de seis meses para nomear um sucessor, os 27 chefes de governo da UE enfrentam o desafio de encontrar alguém para presidir às reuniões do Conselho Europeu e negociar acordos sensíveis, incluindo questões de orçamento e política externa.

Segundo os Tratados da UE, na ausência de um presidente, o país que detém a presidência rotativa semestral do Conselho da UE assume interinamente. Isso colocaria Viktor Orbán, primeiro-ministro húngaro, no comando, já que a Hungria assumirá a presidência rotativa em julho.

A perspectiva de Orbán ampliar sua influência nos corredores de Bruxelas, preocupa muitos na capital da UE. O líder nacionalista, conhecido por desafiar Bruxelas, recentemente vetou um pacote de 50 bilhões de euros para apoio financeiro à Ucrânia na cimeira da UE de dezembro.

Além disso, Orbán utiliza retórica anti-UE para alimentar o sentimento eurocético em seu país. O Parlamento Europeu questionou a credibilidade da Hungria e de Orbán para assumir a presidência do Conselho da UE, levantando dúvidas sobre como seu governo coordenará as reuniões ministeriais temáticas entre os 27 países.

Apesar de não ter poderes executivos, o Estado-membro que exerce a presidência do Conselho da UE pode influenciar significativamente o funcionamento da instituição, organizando reuniões, dirigindo negociações e definindo a ordem de trabalhos.

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