Na manhã desta quarta-feira (15), o presidente russo, Vladimir Putin, expressou apoio ao plano chinês para uma resolução pacífica da crise na Ucrânia, destacando a compreensão da China sobre os elementos subjacentes ao conflito. Putin, em uma entrevista à agência de notícias chinesa Xinhua antes de sua visita a Pequim nesta semana, reiterou a disposição da Rússia para o diálogo e as negociações visando resolver o conflito que persiste há mais de dois anos.
O presidente russo elogiou o plano chinês e os princípios adicionais recentemente delineados pelo presidente Xi Jinping, vistos como passos realistas e construtivos que visam superar mentalidades da Guerra Fria. A proposta chinesa, apresentada há mais de um ano, busca princípios gerais para encerrar o conflito, sendo agora complementada por abordagens adicionais destinadas a promover a paz e estabilidade.
No entanto, a iniciativa chinesa recebeu anteriormente uma recepção morna da Rússia e da Ucrânia, enquanto os EUA a consideraram como reflexo da narrativa russa. A Rússia, por sua vez, vê o conflito como uma resposta à expansão da OTAN para o leste e às atividades militares próximas às suas fronteiras.
Apesar da cimeira de paz marcada para Junho, a Rússia recusa-se a participar, considerando-a sem sentido e argumentando a necessidade de considerar novas realidades. Embora a China tenha participado de discussões preparatórias, a Rússia não acredita na sua inclusão nas conversações.