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segunda-feira, 14 outubro, 2024
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BC lança ofensiva de US$ 1 bilhão para controlar crise do Governo Lula

Por Marina B.

O Banco Central anunciou na noite de segunda-feira (1º),que irá introduzir US$ 1 bilhão no mercado brasileiro nesta terça-feira (2) para conter a volatilidade do dólar, que encerrou o primeiro dia útil da semana em R$ 5,06. Essa será a primeira intervenção da autoridade monetária desde o início do terceiro mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

A injeção bilionária de dólares no mercado será realizada por meio de um leilão adicional de até 20 mil contratos de swap cambial, totalizando US$ 1 bilhão. O objetivo é oferecer proteção contra flutuações excessivas do dólar em relação ao real (hedge cambial) e garantir liquidez ao mercado interno.

Em um comunicado, o BC afirmou que agirá “para manter o funcionamento regular do mercado de câmbio” diante dos efeitos do resgate do título NTN-A3 (Nota do Tesouro Nacional, subsérie A3), programado para 15 de abril. A compra de contratos de swap pelo BC funciona como uma infusão de dólares no mercado futuro, protegendo aqueles que adquirem contra a desvalorização do real.

O leilão de swap cambial é uma medida que permite à autoridade monetária lidar com a demanda por moeda estrangeira, evitando disfunções no mercado de câmbio. Economistas comparam essa intervenção a abrir uma saída alternativa em uma festa lotada.

Na segunda-feira (1º), o dólar subiu 0,88%, fechando a sessão em R$ 5,058, em meio à forte valorização dos títulos do Tesouro americano – conhecidos como “Treasuries” – e à baixa liquidez devido ao feriado na Europa. Na Bolsa brasileira, o Ibovespa caiu 0,87%, encerrando o pregão em 126.990 pontos e acumulando uma queda de 4,53% no ano.

Em 2023, o BC não realizou leilões extras de dólar devido à baixa volatilidade do real e ao forte fluxo comercial, marcando a menor intervenção da autoridade monetária desde a adoção do regime de câmbio flutuante em 1999.

Para este ano, economistas apontam que a volatilidade do câmbio dependerá da política de juros do Fed – o Federal Reserve, equivalente ao Banco Central – e dos riscos geopolíticos globais, enquanto no Brasil, a trajetória das contas públicas é a principal preocupação.

Desde o fechamento em R$ 4,85 em 28 de dezembro de 2023, o dólar tem apresentado alta, acumulando 4,25% no ano. O encerramento desta segunda-feira (1º) marcou a maior cotação do ano.

As últimas intervenções do BC ocorreram em 2022, quando foram vendidos US$ 500 milhões em um leilão extraordinário, em meio a preocupações com a política de juros agressiva do Fed.

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