O último debate entre candidatos a prefeito do Rio de Janeiro, transmitido pela TV Globo, foi um verdadeiro campo de batalha de rejeições e alianças políticas. Eduardo Paes (PSD) foi alvo de críticas por sua associação com figuras como Marcelo Freixo (PT) e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Por outro lado, Alexandre Ramagem (PL), segundo colocado nas pesquisas, foi vinculado a nomes como o ex-prefeito Marcello Crivella (Republicanos), o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e o governador Cláudio Castro (PL).
Alexandre Ramagem, ao ser questionado sobre segurança, não poupou críticas ao governador Cláudio Castro, chamando sua gestão de “medíocre”. Ramagem destacou que sua liderança política é Jair Messias Bolsonaro, e não Castro, e afirmou que a gestão de Paes é ainda pior, classificando-a como “nota zero”. Essa postura firme e crítica de Ramagem reforça sua aliança com Bolsonaro e sua independência em relação a Castro.
Durante o debate, Ramagem também acusou Paes de esconder Lula “atrás do armário” e de estar envolvido em escândalos de propina. Paes, por sua vez, conseguiu direito de resposta e contra-atacou, comparando Ramagem ao ex-governador Wilson Witzel, eleito com o apoio de Bolsonaro. Paes tentou se distanciar de Lula, afirmando que, embora sejam aliados, não são iguais, e destacou suas parcerias com o governo federal em projetos importantes para a cidade.
A estratégia de Ramagem de atacar diretamente Paes e seus aliados pareceu eficaz em destacar suas próprias alianças políticas e sua postura crítica em relação à atual gestão. Enquanto isso, Paes tentou se defender das acusações e reforçar sua experiência e histórico na cidade, mas enfrentou dificuldades em se desvincular das críticas associadas a Lula e a outros políticos.
O debate deixou claro que as rejeições e alianças políticas serão fatores determinantes na escolha do próximo prefeito do Rio de Janeiro. Ramagem, com seu discurso alinhado a Bolsonaro e suas críticas contundentes a Paes e Castro, busca conquistar o eleitorado insatisfeito com a atual gestão e fortalecer sua posição na corrida eleitoral.