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quinta-feira, 3 outubro, 2024
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Ramagem critica Paes por proposta de distribuir Ozempic em meio à falta de medicamentos básicos no Rio

Por Alexandre Gomes

A proposta do atual prefeito e candidato à reeleição, Eduardo Paes (PSD), de distribuir o medicamento Ozempic na rede pública de saúde gerou uma onda de críticas nas redes sociais, especialmente do seu rival Alexandre Ramagem (PL). A indignação é ainda maior diante da grave falta de medicamentos essenciais nas Clínicas da Família do Rio de Janeiro.

Na última terça-feira, 1º de outubro, Ramagem usou suas plataformas digitais para rebater a declaração de Paes, que havia afirmado que, caso reeleito, pretendia oferecer Ozempic, um remédio conhecido por seu efeito de emagrecimento, na rede pública. A proposta foi recebida com desconfiança e revolta, especialmente considerando que muitos cidadãos enfrentam dificuldades para acessar medicamentos básicos, como dipirona e antibióticos, nas unidades de saúde.

Em sua postagem, Ramagem compartilhou depoimentos de moradores que reclamaram da precariedade do sistema de saúde. Uma das entrevistadas enfatizou: “A gente quer uma dipirona, não tem. A gente quer um antibiótico, não tem. Então está faltando muita coisa. O prefeito deveria ter vergonha na cara e ir na favela ver o que os pobres realmente precisam. Não é Ozempic, não.”

A crítica de Ramagem não se limitou a uma simples reação; ele classificou a proposta de Paes como “malandragem”, sugerindo que a medida poderia ser uma tentativa desesperada de agradar ao eleitorado em vez de resolver problemas reais da população. Um internauta ainda questionou se oferecer Ozempic não seria uma forma de compra de votos, afirmando: “Isso é no mínimo deprimente. Quem já teve experiência com UPA e hospital sabe como a situação está grave.”

Enquanto Paes promove sua intenção de distribuir um medicamento caro, que custa em média mil reais por unidade, a população do Rio clama por soluções práticas e imediatas para a falta de insumos básicos. O Ozempic, embora tenha sua eficácia para o emagrecimento, não deve ser a prioridade em um cenário onde pacientes padecem sem medicamentos essenciais.

A retórica de Paes, que afirma ter perdido 30 kg com o uso do medicamento e se propõe a colocar Ozempic nas Clínicas da Família, parece desconectada da realidade enfrentada pelos cariocas, que demandam uma gestão mais atenta às suas necessidades urgentes. Enquanto isso, as unidades de saúde seguem carentes de recursos e medicamentos, evidenciando uma falha crônica na administração da saúde pública na cidade.

Essa proposta controversa levanta questões sérias sobre as prioridades da gestão Paes, que, em vez de focar na reestruturação e no fortalecimento do sistema de saúde, parece mirar em soluções superficiais. O debate que se aproxima da eleição deveria se concentrar na urgência de atender às demandas básicas da população, em vez de oferecer promessas de medicamentos caros e questionáveis em meio a uma crise de abastecimento de remédios fundamentais.

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