O Estado do Rio poderá ter o Programa ‘Torcedor Sangue Bom’. O objetivo é incentivar a organização de uma competição amistosa de doação de sangue entre os torcedores de agremiações esportivas de qualquer modalidade durante os eventos. A medida consta no Projeto de Lei 2.707/23, de autoria do deputado Thiago Gagliasso (PL), que a Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj) aprovou, nesta quarta-feira (05/02), em primeira discussão. A medida ainda precisa passar por uma segunda votação em plenário.
As ações do programa poderão ser realizadas no interior de estádios e arenas esportivas do setor público ou privado, em parceria com as agremiações esportivas, com a implantação de unidades móveis de coleta do Hemorio. O poder público deverá divulgar previamente aos torcedores o calendário com as datas e locais em que ocorrerão as ações de coleta, determinando o seu início e fim.
Iniciada a competição, os resultados das doações de cada torcida e a classificação geral da competição serão divulgados nos dias de jogos por meio dos painéis informativos, telão, sistema de alto-falantes e outros meios disponíveis nos estádios.
De acordo com o programa, toda coleta de sangue deverá ser cadastrada com a identificação do clube de coração do torcedor doador, para fins de ser contabilizada no valor total de torcedores doadores da respectiva torcida ao final da competição.
Será considerada campeã a torcida que doar a maior quantidade de sangue por torcedor do clube, adotando-se um critério de proporcionalidade, que visa contemplar a torcida mais engajada na doação de sangue. O Executivo ainda pode ser autorizado a criar um banco de dados contendo apenas as informações necessárias e adequadas para a promoção da competição.
Para cálculo da proporção, será verificada a quantidade total de torcedores do clube presentes no estádio, discriminando o mandante e visitante, e, em cima dessa razão, será apurada a proporção pelo número de torcedores do clube que realizaram a doação. Somente serão contabilizados os números apurados nos jogos em que as unidades móveis de coleta estiverem presentes.
O poder executivo também será autorizado a criar premiações para a torcida do clube campeão ou estabelecer parcerias com entidades privadas e do terceiro setor para este fim, no intuito de promover a rivalidade sadia e obter melhor resultado na coleta total de sangue.
“Além de promover a doação de sangue, o presente programa visa estimular uma rivalidade futebolística para o bem, na qual consiste em criar engajamento entre os torcedores dos clubes de futebol do Estado do Rio de Janeiro, em competição na qual será campeã a torcida mais solidária nas partidas, ganhando toda a população do Estado do Rio”, explicou Gagliasso.