Nesta quinta-feira (23), a Delegacia de Repressão ao Crime Organizado (Draco) da Polícia Civil deflagrou uma operação para combater um esquema de desvio de recursos do Instituto de Previdência dos Servidores de Belford Roxo (Previde). A ação ocorre em quatro cidades da Baixada Fluminense e visa combater fraudes que podem ter causado um prejuízo de até R$ 15 milhões.
Principais Alvos
Entre os investigados estão duas ex-diretoras do Previde: Yolanda Curitiba e Rosemary Barcelos. As autoridades apontam que o esquema envolveu o pagamento irregular a mais de 500 pessoas sem vínculo com o instituto, com depósitos que chegaram a R$ 330 mil por pessoa.
- Yolanda Curitiba: Nomeada como diretora do Previde cinco dias após a derrota de Wagner Carneiro, o Waguinho (Republicanos), na eleição para prefeito de Belford Roxo.
- Rosemary Barcelos: Diretora financeira do Previde, é apontada como a principal operadora do esquema de desvios.
Esquema e Denúncia
De acordo com a investigação, muitos dos beneficiados eram funcionários comissionados da gestão de Waguinho e supostamente atuaram como cabos eleitorais em sua campanha de reeleição. No final de seu mandato, Waguinho transferiu R$ 14 milhões para o Previde, mas os cofres estavam vazios quando a nova gestão, sob o comando de Márcio Canella (União), assumiu.
A denúncia inicial foi feita pela Procuradoria Geral do Município de Belford Roxo, levando à abertura do inquérito. Além disso, as contas dos 500 supostos beneficiados foram bloqueadas.
Operação e Mandados
A operação inclui o cumprimento de seis mandados de busca e apreensão em municípios da Baixada Fluminense. As investigações continuam para apurar o envolvimento de outros possíveis participantes do esquema.
Impacto
Este é mais um caso que expõe os desafios de gestão e transparência em administrações municipais. A operação busca responsabilizar os envolvidos e recuperar os recursos desviados, trazendo à tona a importância de uma fiscalização rigorosa em órgãos públicos.