A defesa do ex-jogador de basquete Igor Eduardo Pereira Cabral, de 29 anos, solicitou à Justiça sua transferência para uma cela isolada. A justificativa seria o risco à integridade física do detento, que está preso em uma unidade de triagem na Grande Natal. O pedido veio após relatos de ameaças recebidas por ele dentro da prisão, especialmente por parte de facções criminosas.
Igor foi preso em flagrante após desferir 61 socos contra sua namorada, Juliana Soares, dentro de um elevador em um condomínio de alto padrão. A agressão brutal foi registrada por câmeras de segurança e gerou indignação nacional. Juliana sofreu múltiplas fraturas no rosto — incluindo nariz, mandíbula, maxilar e globo ocular — e está com o rosto tão inchado que a cirurgia precisou ser adiada. Ela só consegue se alimentar com dieta líquida e pastosa.
A violência do crime foi tamanha que gerou comoção pública. Uma vaquinha arrecadou mais de R$ 30 mil para auxiliar no tratamento da vítima. Familiares do agressor divulgaram nota afirmando que não compactuam com o ato e não se responsabilizam pelas consequências. Imóveis ligados a Igor teriam sido alvo de pichações e ameaças.
Agora, o sistema penitenciário analisa o pedido da defesa por isolamento. A resposta deve sair nas próximas 48 horas. Para setores conservadores, o caso é emblemático: não se trata apenas de assegurar os direitos do réu, mas de garantir que crimes de extrema violência não sejam relativizados sob pretextos humanitários. O foco deve ser a vítima — e o Estado não pode vacilar na aplicação rigorosa da lei. A justiça só será feita se o agressor pagar de forma proporcional pela brutalidade cometida.
