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segunda-feira, 1 dezembro, 2025
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Estado do Rio registra duas mortes de Policiais Militares a cada 24 horas

Por Alexandre Gomes

Essa estatística foi apresentada pela Associação Beneficente Heróis do Rio de Janeiro (ABHRJ) durante audiência pública da Comissão Especial da Alerj que discute ações de proteção aos militares.

A Comissão Especial de Militares Vitimados em Serviço, da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj), se reuniu nesta quinta-feira (27/11) em audiência pública para discutir medidas que assegurem tratamento digno a policiais civis, militares e bombeiros vitimados em serviço. Na reunião, a Associação Beneficente Heróis do Rio de Janeiro (ABHRJ) apresentou dados que indicam que, em média, dois policiais militares morrem por dia no Estado. O colegiado também anunciou a criação de Grupos de Trabalho (GT) para analisar os casos e propor novas medidas de proteção.

O presidente da Comissão, deputado Renan Jordy (PL), explicou que a proposta do colegiado é assegurar assistência digna aos militares vitimados em serviço, garantindo que o Estado cumpra seu papel de proteção. Segundo ele, o grupo irá apurar, documentar e sistematizar os casos para elaborar um diagnóstico com dados e evidências. “Nosso objetivo é criar políticas públicas justas, eficientes e humanizadas para amparar de forma real esses profissionais que arriscam a vida pela sociedade, para que não sejam esquecidos quando mais precisam”, afirmou.

O vice-presidente do colegiado, deputado Marcelo Dino (União), destacou que a melhoria das condições de trabalho e do atendimento psicológico também aos militares deve ser tratada como política estratégica. “Quando o policial é tratado com dignidade, ele está mais preparado para servir e proteger. Cuidar da saúde e da qualidade de vida desses profissionais é essencial para garantir um atendimento melhor à sociedade”, apontou.

Em sua fala, o deputado Giovani Ratinho (SDD) afirmou que a Comissão buscará também assegurar suporte integral às famílias, inclusive atendimento psicológico e psicossocial. “Queremos compreender o impacto emocional dessas perdas e trazer à mesa do Legislativo e Executivo soluções efetivas. Sabemos que muitas vezes o Estado e as instituições estão sobrecarregados, e é papel deste colegiado ajudar a dar atenção a quem realmente precisa de ajuda”, disse.

Cenário de guerra

O presidente da Associação Beneficente Heróis do Rio de Janeiro, coronel da Polícia Militar Fábio Cajueiro, afirmou que os dados de letalidade contra policiais no Estado são alarmantes. Ele destacou que a taxa de mortalidade de policiais militares do Rio é superior à de soldados norte-americanos nos maiores conflitos da história, incluindo a Segunda Guerra Mundial. “O policial fluminense vive um cenário de guerra. É preciso reconhecer essa condição e tratá-la com políticas de proteção e valorização, porque estamos perdendo profissionais como se estivéssemos em combate”, declarou.

A assessora especial de Relações Institucionais da Secretaria de Estado da Polícia Civil, Inamara Pereira, ressaltou a importância de o tema ser debatido dentro do Parlamento. “Discutir esse assunto aqui traz visibilidade e permite construir soluções em conjunto. Quando um policial é vitimado, não é só ele que sofre: é toda a família. Por isso, a política de reparação precisa ser ampla, envolvendo apoio psicológico, jurídico e até financeiro”, pontuou.

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