Os deputados estaduais Alan Lopes (PL-RJ), Filippe Poubel (PL-RJ) e Rodrigo Amorim (União-RJ) lideraram nesta quinta-feira (8) uma ofensiva da Comissão de Combate à Desordem Urbana da Alerj contra o descaso e a exploração cometidos em depósitos de veículos apreendidos no Rio de Janeiro.
O alvo foi o pátio administrado pela Rio Park, em Vargem Grande, que apesar de interditado por irregularidades estruturais, seguia dificultando o acesso de mais de 150 trabalhadores aos seus próprios veículos.
Após uma fiscalização da comissão e o lacre do local pelo Corpo de Bombeiros na quarta-feira (7), a empresa havia se comprometido a liberar os veículos já retidos. No entanto, os funcionários do consórcio simplesmente desapareceram, e o portão do depósito amanheceu trancado. A ação arbitrária gerou revolta entre os parlamentares e trabalhadores, muitos dos quais dependem de motos para garantir o sustento de suas famílias.
“A burocracia é proposital. Eles seguram a liberação para sugar mais dinheiro dos trabalhadores. Vi gente esperando há mais de dez dias pela própria moto, usada pra trabalhar. Isso é institucionalizar a crueldade”, afirmou o deputado Filippe Poubel.
Diante da omissão da Rio Park, os deputados acionaram o Departamento de Transportes Rodoviários (Detro-RJ), que enviou ao local a vice-presidente da autarquia, Eneida Ferreira da Silva Paz, para garantir o cumprimento do acordo. A intervenção só aconteceu graças à pressão direta dos parlamentares, que também contaram com o apoio dos vereadores Rogério Amorim e Poubel, ambos do PL.
Durante a fiscalização, Filippe Poubel fez uma chamada de vídeo com o governador Cláudio Castro (PL), que está em Nova Iorque, pedindo providências imediatas. O governador garantiu que tomaria medidas urgentes e prometeu a regulamentação do Estatuto da Blitz, proposta que visa criar regras claras para as apreensões e limitar abusos cometidos nas operações de trânsito e nas gestões dos pátios.
O deputado Alan Lopes, que tem se destacado na denúncia de abusos cometidos por empresas que lucram com as chamadas “diárias” dos pátios reforçou a necessidade de um novo marco legal: “Estamos falando de vidas interrompidas, de gente impedida de trabalhar por pura ganância. Esse sistema é cruel e tem que acabar.”
Já Rodrigo Amorim destacou o papel da comissão: “Nosso trabalho é impedir que o Estado seja sócio da humilhação do cidadão de bem. O que vimos aqui é desumano.”
O presidente da Alerj, Rodrigo Bacellar (União-RJ), confirmou que, na próxima semana, será realizado um ato no Palácio Guanabara para a assinatura oficial do Estatuto da Blitz, fortalecendo o compromisso da Casa com o fim da desordem institucionalizada nos depósitos do estado.
A atuação firme dos deputados Alan Lopes, Filipe Poubel e Rodrigo Amorim reforça o papel fiscalizador da Alerj e dá voz a trabalhadores que sofrem calados com um sistema que, até então, parecia intocável.
