A guerra contra a chamada Máfia do Reboque está longe de terminar
Mesmo após as determinações firmadas na CPI da Transparência, presidida pelo deputado estadual Alan Lopes (PL-RJ), grupos continuam atuando nas ruas do Rio de Janeiro como se estivessem acima da lei.
Na noite da última segunda-feira, 16 de junho, o próprio parlamentar flagrou mais uma blitz irregular na Lagoa, promovida pela SEOP com apoio ilegal da Polícia Militar, conforme imagens divulgadas por Monica Cury, assessora parlamentar do deputado e autora do texto.
Alan Lopes, que também preside a Comissão de Combate à Desordem Urbana na Assembleia Legislativa, retornava de agenda oficial em Campos dos Goytacazes quando se deparou com a operação. A blitz, supostamente de rotina, na prática se mostrou mais uma ação com objetivo arrecadatório, em total desacordo com as normas estabelecidas pela CPI.
Desobediência à decisão da CPI da Transparência
Em audiência anterior da CPI, ficou expressamente decidido que a Polícia Militar está proibida de participar de blitz com a SEOP, exceto em casos onde há suspeita de crime como roubo, porte ilegal de armas, drogas ou foragidos da justiça.
No entanto, o que se viu novamente foi a presença ostensiva da PM dando respaldo a abordagens arbitrárias, onde motociclistas foram parados e tiveram suas motos apreendidas por motivos fúteis e subjetivos, segundo testemunhas e vídeos registrados no local.
“Não há justificativa legal para que motocicletas sejam rebocadas por ‘qualquer coisinha’. Isso é abuso de autoridade. É um esquema arrecadatório disfarçado de fiscalização”, denunciou o deputado Alan Lopes, que agiu prontamente para liberar as motos apreendidas e responsabilizar os agentes envolvidos.
‘Máfia do Reboque’ resiste à luz da lei
Segundo Lopes, a Máfia do Reboque segue operando com tentáculos dentro de diversos setores da fiscalização urbana. O esquema, já denunciado na CPI, inclui o reboque ilegal de veículos, a cobrança abusiva de diárias em pátios, e até o desaparecimento de peças ou a venda dos veículos em leilões com justificativas forjadas.
“Essas motos vão parar em pátios que muitas vezes são verdadeiros cemitérios automotivos. Rendendo diárias, desaparecendo peças ou até sendo leiloadas com base em narrativas inventadas. É um esquema antigo, corrupto e criminoso que precisa acabar”.
Fiscalização cidadã e apoio popular
A mobilização da sociedade civil é peça-chave nesse enfrentamento. Monica Cury, que é assessora do parlamentar, pede que qualquer cidadão que presencie blitz suspeita envie informações para que a equipe do deputado possa agir de imediato.
“Cada cidadão será um fiscal do deputado Alan Lopes. Juntos, vamos acabar com essa pouca vergonha”, afirma.
O deputado reforça que blitz de segurança são necessárias, especialmente para coibir crimes cometidos com uso de motos, como assaltos e ações de falsos entregadores.
Porém, ressalta que o foco precisa estar na proteção da sociedade, e não na geração de receita às custas de trabalhadores honestos.
Serviço e contato com a equipe de fiscalização cidadã:
E-mail: [email protected]
Instagram: @monicacury2018
Facebook: Monica Cury
Próximas ações da CPI estão previstas ainda para este mês. A população é convidada a acompanhar e denunciar, conforme dito por Cury.
