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domingo, 13 abril, 2025
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Comissão da Alerj debate impactos da atividade física na pessoa idosa e como isso se reflete na economia brasileira

Por Alexandre Gomes

A Comissão de Assuntos da Criança, do Adolescente e da Pessoa Idosa, da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj), realizou no plenário do Edifício Lúcio Costa, seminário para debater a importância da prática de atividade física na Terceira Idade. Mestre em Ciências Cardiovasculares pelo Instituto Nacional de Cardiologia, Talita Cezareti explicou a importância da atividade física, especificamente na prevenção à demência – doença crônica que acomete pessoas com idade mais avançada – e como isso impacta na economia do Brasil. Segundo dados do Relatório Nacional da Demência, do Ministério da Saúde, em 2019 o custo total de tratamento dos pacientes com demência, no país, foi da ordem de R$ 87,3 bilhões; e em 2022 esse gasto aumentou para R$ 96,7 bilhões.

“A demência é uma doença crônica e neurodegenerativa que aumenta os custos da saúde. Os gastos anuais por paciente com demência são 3,3 vezes maiores do que com idosos sem essa doença. O exercício físico diminui a inflamação trazida tanto pelo envelhecimento como pelas doenças crônicas de uma forma geral, e com a prática desse tipo de atividade esse indivíduo se torna uma pessoa mais saudável. Além disso, a prática de exercícios reduz a pressão arterial, melhora a função cardíaca e ajuda a prevenir a diabetes e acidentes vasculares cerebrais (AVC)”, afirmou Talita.

À frente do colegiado, o deputado Munir Neto (PSD) também destacou a importância do incentivo à atividade física para a saúde da pessoa idosa, especialmente com a supervisão de um profissional de educação física. “É fundamental que a pessoa idosa realize atividade física. Ela aumenta a expectativa de vida e melhora a interação social. Recomendamos que os idosos façam os exercícios com profissionais de educação física para serem executados de forma correta”, disse o parlamentar.

Políticas de incentivo

Compondo a mesa, Gelby Justo, superintendente de Promoção Institucional da Secretaria de Estado de Esporte e Lazer, ressaltou que é fundamental o estado continuar fomentando políticas públicas de inclusão de atividades físicas para a Terceira Idade.

“O governo coloca em primeiro lugar essa questão de promover atividades físicas para as pessoas idosas. Atualmente, o estado atende a 200 mil alunos nas Vilas Olímpicas e 6 mil alunos no Parque Aquático Júlio Delamare, e destes 6 mil são idosos, o equivalente a 75%. Oferecemos aulas de yoga, natação, dança de salão e hidroginástica. Nós tivemos aproximadamente dois milhões de investimentos na infraestrutura no Parque Aquático. Esse seminário foi importante para percebermos uma deficiência muito grande na divulgação das atividades para os idosos”, afirmou Justo.

Tramita na Alerj o Projeto de Lei nº4487, de autoria do deputado Munir, que institui o Programa de Incentivo à Prática de Atividades Físicas para Pessoas Idosas. O objetivo é promover a saúde, bem-estar e a qualidade de vida da população da Terceira Idade, contribuindo para um envelhecimento ativo e saudável.

Segundo Eloisa Vilela, vice-presidente do Conselho Regional de Educação Física da 1ª Região (Cref1), esse projeto, bem como o seminário, foram demandas que o grupo apresentou ao parlamentar. “O deputado enxergou a importância na promoção da saúde para este público e aceitou a proposta para estarmos aqui falando sobre o assunto”, destacou Eloisa.

Já o diretor do Cref1 e especialista em reabilitação cardíaca, Bruno Rodrigues, trouxe dados de um estudo norte-americano que cita o impacto no Sistema Único de Saúde brasileiro do incentivo ao exercício físico. “A economia prevista para o SUS, caso aumentássemos em 50% a taxa de atividade física na população idosa, chegaria a US$ 1,14 bilhões”, pontuou.

O profissional ainda pontuou a necessidade de orientação de um profissional qualificado. “A pessoa idosa tem uma série de fragilidades físicas decorrentes da idade. Então, fazer atividade física com orientação do profissional especializado é fundamental para a segurança da prática e, consequentemente, para a prevenção de lesões”, frisou Bruno.

Também participaram do seminário a subsecretária executiva de Esporte do município do Rio de Janeiro, Anna Laura – que falou sobre o projeto social Rio em Forma que visa a levar saúde, esporte e lazer de forma gratuita para várias áreas da cidade -, além de Vilma Camara, membro do Conselho Municipal do Idoso de Niterói, e de Rose Vilela, secretária municipal de Esportes de Volta Redonda.

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