O procurador de Justiça Antonio José Campos Moreira foi nomeado procurador-geral de Justiça do Rio de Janeiro pelo governador Cláudio Castro (PL). A nomeação ocorreu nesta quinta-feira (2), logo após o recebimento da lista tríplice entregue pelo atual procurador-geral, Luciano Mattos. Antonio José foi o mais votado na eleição realizada em 2 de dezembro, com 583 votos, o que representou 62,75% do total.
Posse e mandato
Antonio José assumirá o cargo em 17 de janeiro de 2025, em uma cerimônia solene no Órgão Especial do Colégio de Procuradores de Justiça, na sede do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ). O mandato se estenderá até 16 de janeiro de 2027.
“O Ministério Público é um pilar essencial para o Estado e para a sociedade. A escolha de Antonio José Campos Moreira, com sua vasta experiência e credibilidade, reforça o compromisso com a democracia e o regime jurídico”, destacou o governador Cláudio Castro.
Trajetória e contribuições
Ingressando no MPRJ em 1987, Antonio José é atualmente titular da 1ª Procuradoria de Justiça junto à 2ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJRJ) e vinculado ao 1º Grupo de Câmaras Criminais. Ao longo de sua carreira, ocupou diversos cargos de destaque, incluindo:
- Procurador-geral de Justiça em exercício
- Subprocurador-geral de Justiça
- Chefe de Gabinete da Procuradoria-Geral
- Coordenador do grupo das Centrais de Inquérito (1995/1996)
Também é professor emérito da Fundação Escola Superior do Ministério Público e conferencista na Escola de Magistratura do Rio de Janeiro.
Casos de grande repercussão
Antonio José esteve à frente de investigações emblemáticas, como:
- Condenação da cúpula do jogo do bicho, com a apreensão de registros de propina de Castor de Andrade
- Chacinas da Candelária e de Vigário Geral
- Caso Daniela Perez
- Primeira condenação de milicianos no caso dos irmãos Natalino Guimarães e Jerominho, líderes da milícia “Liga da Justiça”
Antonio José assume o cargo em um momento crucial, com o desafio de fortalecer o combate ao crime organizado, à corrupção e às milícias, além de garantir a defesa dos direitos humanos e a preservação do estado democrático de direito.