Recentemente, o Tribunal Revolucionário de Ahvaz condenou cinco iranianos convertidos ao cristianismo a mais de 25 anos de prisão, conforme relatado pelo grupo de direitos humanos Hengaw. Hamid Afzali, Nasrollah Mousavi, Bijan Gholizadeh, e Iman Salehi receberam cada um uma sentença de 10 anos, enquanto Zohrab Shahbazi foi condenado a 9 meses.
Detalhes específicos sobre as acusações contra esses convertidos ainda não foram divulgados. No entanto, o grupo Artigo 18, que apoia cristãos perseguidos no Irã, indicou que as condenações foram baseadas no artigo 500 do Código Penal iraniano, frequentemente usado para julgar cristãos.
Além disso, Yasin Mousavi, outro convertido de Izeh, foi sentenciado a 15 anos de prisão por “pertencer a um grupo com intenção de perturbar a segurança nacional” e por “propaganda contra o regime através da promoção do cristianismo ‘sionista'”. Mousavi já havia sido preso durante os protestos “Woman Life Freedom” em 2022 e detido novamente no ano seguinte durante uma operação contra cristãos em Izeh.
O Irã, de maioria muçulmana, impõe uma perseguição severa aos cristãos, especialmente aos convertidos do Islã, devido às leis islâmicas que proíbem a apostasia. O país proíbe igrejas, Bíblias e atividades evangelísticas, com líderes cristãos sujeitos a prisão e tortura. Apesar dessa intensa repressão, a igreja clandestina continua crescendo no Irã, conforme documentado pelo Artigo 18. O país ocupa a 9ª posição na Lista Mundial da Perseguição 2024 da Missão Portas Abertas.