Os seguidores de Jesus no Sudão enfrentam uma crise humanitária grave, exacerbada pela perseguição religiosa. Desde que a milícia Forças de Apoio Rápido (RSF) assumiu o controle em 2021, os conflitos têm sido constantes, com inúmeras denúncias de violações dos direitos humanos. De acordo com relatórios do Programa Mundial de Alimentos da ONU, 90% da população necessitada não tem acesso à ajuda alimentar, principalmente devido à sua localização em áreas inacessíveis. A situação é ainda mais crítica para os cristãos, muitos dos quais são negados apoio por causa de sua fé. Em áreas como Darfur, Nilo Azul e Montanhas Nuba, os cristãos têm sido alvo de ataques.
Fikiru (um nome fictício), um especialista da Portas Abertas para a África Oriental, relata: “Nossos contatos informaram que há cristãos abrigados em igrejas ou outros locais isolados, enfrentando discriminação por sua fé.” Igrejas inteiras estão fugindo e não conseguem ajudar suas comunidades, que estão cercadas pelos conflitos. Os cristãos que fogem de suas casas por segurança muitas vezes têm que se deslocar constantemente, passando até duas semanas em um local antes de se moverem novamente. “Alguns precisam caminhar por horas para chegar a um lugar relativamente mais seguro. Permanecer onde há combates é perigoso, mas também é arriscado fugir,” continua Fikiru.
A Portas Abertas apelou às autoridades internacionais para que tomem medidas imediatas para garantir o acesso à assistência humanitária para todos e trabalhem para estabelecer a paz por meio de negociações.