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domingo, 17 novembro, 2024
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Papa Francisco sugere soluções para a crise da dívida global do sul

Por Marina B.

Nesta quarta-feira, 5, o Papa Francisco iniciou seus compromissos com uma audiência junto aos participantes do workshop organizado pela Pontifícia Academia das Ciências, cujo tema é “Abordando a Crise da Dívida no Sul Global”. Este evento visa promover um diálogo sobre a implementação de políticas que possam resolver o desafio da dívida que assola muitos países do hemisfério sul, impactando milhões de famílias e indivíduos em todo o mundo. Entre os convidados está o Ministro da Fazenda do Brasil, Fernando Haddad.

Em seu discurso, o Pontífice enfatizou que, após uma globalização mal administrada, a pandemia e conflitos armados, nos deparamos agora com uma crise de dívida que afeta predominantemente os países do sul, resultando em pobreza e desespero, e privando milhões de um futuro digno.

Francisco salientou que nenhum governo pode moralmente exigir que seu povo suporte privações que violem sua dignidade humana. Ele propôs a criação de um mecanismo multinacional baseado na solidariedade e na harmonia entre as nações, capaz de abordar globalmente o problema e suas consequências econômicas, financeiras e sociais.

O Papa sublinhou que os princípios de justiça e solidariedade são fundamentais para encontrar soluções. Ele defendeu a necessidade de agir com boa fé e verdade, seguindo um código de conduta internacional com normas éticas para as negociações. Francisco instou a uma nova arquitetura financeira internacional audaz e criativa.

Ao relembrar o Jubileu do ano 2000, o Papa evocou o exemplo de São João Paulo II, que destacou a dimensão ética da questão da dívida externa e a necessidade de sua consideração no direito internacional. Francisco ecoou o apelo do Papa polonês por gestos de boa vontade, como o perdão das dívidas, e fez um chamado para o Ano Santo de 2025, exortando à abertura de mente e coração para desatar os nós que aprisionam o presente.

Por fim, o Papa conclamou à construção conjunta e responsável de nossa casa comum, destacando que é um pecado humano e social ignorar a fome e a exclusão social ao nosso redor. Ele expressou sua importância ao trabalho realizado no evento e ofereceu suas preces aos participantes.

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