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domingo, 24 novembro, 2024
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Papa Francisco lidera batalha mundial pelo futuro do trabalho: Projeto visionário enfrenta crises globais e ameaças à segurança alimentar

Por Marina B.


Antes da Audiência Geral desta quarta-feira, 8, o Papa Francisco se reuniu com um grupo de jovens empresários e trabalhadores liderados pelo prefeito do Dicastério para o Serviço do Desenvolvimento Humano Integral, cardeal Michael Czerny.

A delegação está dedicada à segunda fase do projeto internacional “O futuro do trabalho após a Laudato si'” para lidar com a crise global atual, propondo contribuições para repensar o trabalho dentro do contexto da ecologia integral proposta pelo próprio Pontífice.

Em seu discurso, Francisco expressou gratidão aos parceiros do projeto, que foi concebido em 2016 e entrou em fase operativa em 2018. Ele agradeceu à Organização Internacional do Trabalho, às Conferências Episcopais, às Congregações religiosas, às organizações católicas e de outras confissões, bem como aos sindicatos e outros grupos da sociedade civil, incentivados pelos superiores do Dicastério e coordenados pela Comissão Católica Internacional.

“Obrigado, muito obrigado”, disse o Papa, pelas atividades realizadas ao longo desses 6 anos, “propondo modelos inovadores de ação para um trabalho equitativo, justo e digno para todas as pessoas do mundo”.

Para esta segunda fase, o projeto vai se concentrar no tema “O cuidado é trabalho, o trabalho é cuidado”, visando construir uma comunidade global transformadora. O grupo se empenhará em identificar tanto as potencialidades quanto os males sistêmicos que podem se tornar pragas sociais. Para isso, serão analisadas cinco questões destacadas pelo Papa.

Francisco reiterou os temas mencionados na Encíclica Laudato si’ sobre as graves consequências da exportação de matérias-primas para satisfazer os mercados do Norte industrializado, como a poluição por mercúrio ou dióxido de enxofre nas minas.

“É fundamental que as condições de trabalho estejam ligadas aos impactos ambientais, prestando muita atenção aos possíveis efeitos em termos de saúde física e mental das pessoas envolvidas, bem como à segurança”, enfatizou.

Outro tema abordado foi o trabalho digno e a segurança alimentar, especialmente devido ao aumento no número de pessoas sofrendo com altos níveis de insegurança alimentar aguda, com mais de 280 milhões de pessoas em 59 países em 2023, exigindo auxílio assistencial urgente. O Papa observou que desastres naturais, condições meteorológicas extremas e mudanças climáticas intensificam a insegurança alimentar, ligadas a vulnerabilidades estruturais como pobreza e dependência de importações de alimentos.

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