O Papa Francisco recebeu em audiência, nesta quinta-feira, 4, na Sala dos Papas, no Vaticano, os participantes do 1º Diálogo entre o Dicastério para o Diálogo Inter-religioso e o Congresso dos Líderes das Religiões Tradicionais e Mundiais.
Durante seu discurso, o Pontífice recordou sua participação no 7º Congresso dos Líderes das Religiões Tradicionais e Mundiais, durante sua visita ao Cazaquistão, em setembro de 2022, bem como a recente visita ao Vaticano do presidente do Cazaquistão, em janeiro passado. Ele destacou que o Congresso é uma plataforma valiosa para o diálogo não apenas entre líderes religiosos, mas também com o mundo da política, cultura e mídia, refletindo a vocação do Cazaquistão como um país de encontro.
O Papa enfatizou a importância de cultivar a harmonia entre religiões, etnias e culturas, algo do qual o Cazaquistão pode se orgulhar. Ele destacou três aspectos do Diálogo entre o Dicastério para o Diálogo Inter-religioso e o Congresso dos Líderes das Religiões Tradicionais e Mundiais: respeito pela diversidade, compromisso com a Casa comum e promoção da paz.
Sobre o respeito pela diversidade, o Papa destacou a contribuição da secularidade santa, que separa religião e política para o bem de ambas, enquanto reconhece o papel essencial das religiões na sociedade. Ele elogiou o tratamento justo e igualitário das diferentes componentes étnicas, incluindo religiosas e culturais, no Cazaquistão, promovendo paz e harmonia social.
Em relação ao compromisso de salvaguardar a criação, o Papa mencionou a importância de respeitar o meio ambiente como uma consequência do amor pelo Criador e pelas futuras gerações.
Por fim, o Papa Francisco enfatizou a necessidade de promover a paz em um momento em que a retórica da guerra está em ascensão. Ele instou todos a sonhar com a paz e a trabalhar incansavelmente em direção a ela, em diálogo com todos.
Francisco expressou o desejo de que este encontro, marcado pelo respeito à diversidade e pela busca mútua de enriquecimento, seja um exemplo de como ver no outro não uma ameaça, mas um presente e um parceiro valioso para o crescimento conjunto.