A Penitenciaria Apostólica do Vaticano, encarregada dos assuntos relacionados ao foro interno e às Indulgências, divulgou nesta segunda-feira, 13, as diretrizes para a concessão de indulgências em vista do Jubileu Ordinário de 2025.
O documento destaca que o dom da indulgência “nos permite descobrir a ilimitada misericórdia de Deus. (…) É, portanto, uma graça jubilar”.
Para o Jubileu de 2025, foram estabelecidas prescrições para que os fiéis possam desfrutar das “disposições necessárias” para receber e efetivar a prática da indulgência jubilar.
Durante este Jubileu, todas as outras concessões de indulgência permanecem em vigor. Os fiéis verdadeiramente arrependidos, livres de qualquer apego ao pecado e impelidos por um espírito de caridade, que, ao longo do Ano Santo, se purificam pelo sacramento da penitência e são fortalecidos pela Sagrada Comunhão, ao rezarem segundo as intenções do Sumo Pontífice, podem obter do tesouro da Igreja uma plena indulgência, remissão e perdão de seus pecados, que podem ser aplicados às almas do Purgatório sob a forma de sufrágio.
O documento também destaca as peregrinações como meio de obter a indulgência jubilar. Os fiéis podem adquiri-la ao realizar uma peregrinação piedosa a lugares sagrados, participando devotamente da Santa Missa e, em Roma, visitando pelo menos uma das quatro Basílicas Papais Maiores ou, na Terra Santa, ao visitar pelo menos uma das três basílicas principais. Outras circunscrições eclesiásticas também têm locais designados para peregrinação.
Além das peregrinações, os fiéis podem obter indulgência jubilar ao dedicarem tempo à adoração eucarística e à meditação em qualquer lugar jubilar, individualmente ou em grupo. Outros locais além dos mencionados no documento podem ser visitados sob as mesmas condições.
O Decreto também sugere que, se houver um impedimento grave para participar das celebrações solenes e peregrinações, os fiéis podem receber a indulgência jubilar se estiverem unidos em espírito aos fiéis presentes, recitando orações em casa ou em locais onde estão retidos, oferecendo suas dificuldades como penitência.
Os fiéis são encorajados a praticar obras de misericórdia e penitência, como missões populares, exercícios espirituais e visitas a necessitados. O documento destaca a importância das obras de misericórdia corporal e espiritual, bem como o apoio a obras religiosas e de caridade.
Por fim, os bispos são convidados a explicar claramente as disposições e princípios propostos para a santificação dos fiéis, tendo em conta as circunstâncias locais, culturas e tradições.
