Durante a Brazil Conference em Harvard, o ministro da Advocacia-Geral da União (AGU), Jorge Messias, minimizou a recente rejeição dos evangélicos ao governo de Luiz Inácio Lula da Silva, conforme indicado por pesquisas realizadas em março. Em meio a isso, Messias afirmou que não vê uma resistência significativa por parte desse segmento em relação ao presidente.
Embora pesquisas encomendadas pelo Palácio do Planalto tenham corroborado a queda na popularidade de Lula, especialmente entre os evangélicos, que representam cerca de 30% do eleitorado, o governo está enfrentando dificuldades na batalha da comunicação contra aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro.
Para combater essa tendência, o Planalto lançou a campanha publicitária “Fé no Brasil”, destacando indicadores positivos do governo durante as visitas de Lula e ministros aos estados. Messias, ao ser questionado sobre seu envolvimento na concepção do projeto, atribuiu o slogan ao trabalho contínuo de comunicação desde a campanha e à aproximação do governo com o segmento evangélico.
Apesar da ênfase na relação respeitosa com os evangélicos, Messias ressaltou o papel laico do Estado na construção de políticas para toda a população. Ele também mencionou que, por ser seguidor da religião evangélica há 40 anos, mantém uma interlocução mais próxima com esse segmento, embora dialogue com todas as religiões.
Apesar das afirmações de Messias sobre Lula ter cumprido seus compromissos com os evangélicos, dados recentes da pesquisa Atlas/Intel mostram uma avaliação negativa considerável da gestão petista por parte desse grupo, com 41% dos evangélicos classificando-a como ruim ou péssima, em comparação com 32% da população em geral.
