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segunda-feira, 30 setembro, 2024
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Lula: A incógnita religiosa do petismo

Por Marina B.


O presidente Lula da Silva está apostando em uma estratégia que parece mais uma tentativa de reaproximação com o eleitorado evangélico do que uma verdadeira expressão de fé. Em uma recente aparição em Arcoverde, Pernambuco, durante uma missa de quermesse, Lula fez uso excessivo de referências religiosas, mencionando palavras como “Deus” e “milagre” incríveis 27 vezes em seu discurso.

Essa aparente conversão repentina faz parte de uma tentativa do governo de lidar com a crescente desaprovação, especialmente entre os evangélicos. No entanto, essa estratégia parece forçada e pouco autêntica, demonstrando falta de compreensão do verdadeiro problema e das soluções necessárias.

Um erro comum é tratar o segmento evangélico como uma entidade homogênea, quando na verdade é diversificado em suas crenças e opiniões. Além disso, tentar se passar por um recém-convertido pode parecer oportunista e não genuíno.

Embora haja diferenças de valores entre a esquerda e os evangélicos, especialmente em questões como família e segurança, a maior divergência está na visão de mundo e de liberdade. Pesquisas mostram que muitos evangélicos têm uma inclinação mais liberal, valorizando o empreendedorismo e a ascensão pelo trabalho, enquanto rejeitam um Estado excessivamente presente em suas vidas.

Portanto, é improvável que essa tentativa de se alinhar com os evangélicos através de uma retórica religiosa seja eficaz em reconquistar a popularidade perdida. O que realmente importa para os evangélicos, como para todos os brasileiros, são questões práticas como emprego, educação e segurança, e não uma suposta proximidade divina.

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