Uma pesquisa recente na Alemanha, conduzida pela empresa Insa-Consulere para a agência de notícias Idea, revela que a maioria esmagadora da população, 68%, nunca lê a Bíblia (com 78% na Alemanha Oriental e 66% na Ocidental). Outros 15% afirmaram ter lido as Escrituras em algum momento nos últimos meses.
De acordo com o estudo de maio de 2024, apenas 5% dos alemães têm o hábito diário de leitura da Bíblia, enquanto 4% a leem pelo menos uma vez por semana.
Esses números contrastam com uma pesquisa anterior da Universidade de Leipzig, de 2023, que constatou que apenas 1,6% dos alemães leem a Bíblia diariamente, apesar de mais da metade possuir uma cópia.
O relatório também destaca um uso surpreendentemente baixo entre os protestantes e católicos, em um país com forte ligação histórica com a Reforma Protestante.
A pesquisa da Insa-Consulere também revelou que jovens entre 18 e 29 anos mostram um interesse ligeiramente maior na leitura diária da Bíblia, com 11% afirmando fazê-lo diariamente e 8% semanalmente. No entanto, mais da metade dessa faixa etária (56%) nunca lê as Escrituras.
Essa tendência de maior interesse pela fé cristã entre os mais jovens também é observada em outras estatísticas recentes na Alemanha.
Além disso, pesquisas sobre a geração Z em países como França, Grã-Bretanha, Holanda e Hungria indicam um aumento na prática da oração e frequência à igreja. Na Finlândia, o número de jovens frequentadores de igrejas mais que dobrou em menos de uma década.
A pesquisa da Insa-Consulere revelou ainda que 61% dos autodeclarados católicos romanos na Alemanha confessam nunca ler a Bíblia, número próximo da média geral. Entre os protestantes tradicionais, esse percentual é de 57%.
Os cristãos evangélicos livres apresentaram variação significativa nas respostas: apenas 15% afirmaram nunca ler a Bíblia, enquanto mais de um terço disse lê-la diariamente. Além disso, 20% relatam ler as Escrituras semanalmente.
A pesquisa entrevistou mais de 2.000 adultos e também observou que eleitores dos partidos tradicionais de centro-direita e centro-esquerda tendem a ler a Bíblia um pouco mais do que os eleitores de partidos mais extremos no espectro político.