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sábado, 23 novembro, 2024
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Dicastério para a doutrina da fé aprova declaração de ‘nihil obstat’ para o santuário de Chandavila

Por Marina B.

O Dicastério para a Doutrina da Fé concedeu, com satisfação, seu consentimento para que o arcebispo de Mérida-Badajoz, Dom José Rodríguez Carballo, prossiga com a declaração do “nihil obstat” para o Santuário de Chandavila. Este reconhecimento permitirá que o santuário, com sua rica história de simplicidade e devoção, continue a oferecer aos fiéis um local de paz interior, consolo e conversão.

O texto, assinado pelo Cardeal Victor Manuel Fernández, prefeito do Dicastério, foi aprovado pelo Papa Francisco na quinta-feira, 22 de agosto, em resposta a uma carta do prelado espanhol datada de 28 de julho. A correspondência abordava os eventos de 1945, quando duas jovens em Chandavila, na Estremadura, próximo à fronteira com Portugal, alegaram ter tido aparições da Virgem das Dores.

De acordo com as diretrizes publicadas em 17 de maio pelo Dicastério para a Doutrina da Fé, a concessão do “nihil obstat” não afirma a autenticidade sobrenatural do fenômeno, mas reconhece sinais de uma ação do Espírito Santo. O bispo diocesano é encorajado a valorizar o impacto pastoral e a promover a espiritualidade associada ao santuário, incluindo possíveis peregrinações, enquanto os fiéis são convidados a aderir de forma prudente.

A devoção à Virgem das Dores em Chandavila teve início após as experiências espirituais de duas meninas, Marcelina Barroso Expósito, de dez anos, e Afra Brígido Blanco, de dezessete, a partir de maio de 1945. Marcelina relatou ter visto uma figura escura no céu que se clareava, identificada como a Virgem das Dores, e descreveu a experiência como um abraço e beijo da Virgem. Esta visão foi acompanhada por um sentimento de consolo e encorajamento.

As jovens passaram a vida de forma discreta, dedicando-se a cuidar dos doentes, idosos e órfãos, refletindo o amor e a ternura que haviam experimentado. O Cardeal Fernández observa que a devoção é uma expressão da simplicidade e beleza de Maria de Nazaré e que muitos peregrinos têm encontrado conversões e curas no santuário.

O Cardeal também destacou o Jubileu de 2020, que celebrou o 75º aniversário das experiências espirituais em Chandavila, reconhecido pelo então arcebispo de Mérida-Badajoz como uma bênção para a Diocese.

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